quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Timor-Leste: CPD-RDTL entregou hoje reivindicações a PM depois de comício em Díli




MSE - LUSA

Díli, 05 out (Lusa) - Centenas de apoiantes do Conselho Político de Defesa da República Democrática de Timor-Leste (CPD-RDTL) realizaram hoje no Campo da Democracia, em Díli, um comício, tendo entregado ao primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, um conjunto de reivindicações.

O CPD-RDTL exigiu durante o comício ao Estado timorense que dê atenção aos "veteranos", que esteja atento às políticas para a criação de partidos e que reduza as missões internacionais presentes no país.

O primeiro-ministro esteve no local, onde foi montando um dispositivo policial, para receber as reivindicações em mão.

"Entregaram-me documentos onde expõem todos os seus pontos de vista. Sexta-feira volto aqui para falar com eles", afirmou à Lusa o primeiro-ministro timorense.

O comandante-geral da Polícia Nacional, comissário Longuinhos Monteiro, afirmou que "não há problemas" de segurança e que tudo correu bem.

"A própria comissão organizadora colaborou muito com a polícia e cumpriram todas as regras que a polícia colocou para garantir a segurança da capital e dos próprios membros do grupo", afirmou.

Os manifestantes chegaram segunda-feira à noite em Díli empunhando bandeiras da FRETILIN para realizarem uma manifestação pacífica na capital, tendo recebido autorização para a realizar hoje no Campo da Democracia.

Na terça-feira, a FRETILIN (Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente) emitiu um comunicado a demarcar-se daquela manifestação e a afirmar que "não deu autorização para o uso de bandeiras" do partido.

"A bandeira da FRETILIN é um símbolo histórico, mas também, segundo a legislação em vigor, exclusiva da FRETILIN enquanto partido político", refere o comunicado.

O CPD-RDTL realizou várias manifestações em Díli quando Timor-Leste era administrado pela ONU a exigir o reconhecimento da independência proclamada em 1975 e a entrega imediata do poder ao primeiro chefe de Estado, Xavier do Amaral.

Nenhum dirigente do movimento esteve hoje disponível para falar com a Lusa.

Sem comentários:

Mais lidas da semana