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Fortaleza, 05 out (Lusa) - O secretário-executivo da Câmara de Comércio Exterior (CAMEX) do Brasil, Emilio Garofalo Filho, acredita que é "viável" a assinatura de acordos comerciais que concedam aos produtos de países lusófonos um tratamento diferenciado nas alfândegas brasileiras.
"Eu acho que é possível ter um tratamento diferenciado para os países lusófonos", disse o responsável da instituição dependente do Governo brasileiro, em entrevista à Agência Lusa. As declarações foram feitas no Encontro de Negócios na Língua Portuguesa, que acontece até quinta-feira, na cidade brasileira de Fortaleza.
Para o secretário-executivo da CAMEX, a questão geográfica não é determinante para a assinatura de acordos, mas sim o interesse comercial e bilateral. O responsável citou, por exemplo, o acordo comercial firmado no ano passado entre o Brasil e o Egito.
Garofalo considera que o atual governo brasileiro é mais defensivo do que os anteriores do ponto de vista do comércio externo, mas declarou que as medidas de proteção têm como alvo os países orientais.
"Nós, e o resto do mundo ocidental, enfrentamos uma concorrência chinesa que é desesperadora", disse. Segundo o responsável, além de custos menores de produção, suspeita-se que as empresas chinesas sejam beneficiadas por práticas de 'dumping' e pela desvalorização forçada do câmbio.
Garofalo admite que, embora o foco seja os asiáticos, a proteção pode estar a afetar as exportações de outros países lusófonos para o Brasil. "Lentamente, vamos fazer as separações", afirmou.
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