domingo, 23 de outubro de 2011

Timor-Leste: PSD vai ter candidato próprio nas presidenciais e deverá ser uma mulher




MSE - LUSA

Díli, 23 out (Lusa) - O presidente do Partido Social Democrata (PSD) de Timor-Leste, Zacarias da Costa, disse hoje à agência Lusa que esta força política vai anunciar o candidato às presidenciais em novembro e que deverá ser uma mulher.

"Em princípio vamos anunciar em novembro um candidato próprio. Esta decisão já foi tomada pela Comissão Política Nacional e sancionada pelo conselho nacional do partido", afirmou Zacarias da Costa, eleito presidente do PSD em dezembro de 2008.

Segundo o também ministro dos Negócios Estrangeiros, na primeira volta o PSD decidiu não apoiar nenhum dos candidatos "existentes ou potenciais", sublinhando que em relação à segunda volta ainda nada ficou decidido.

"Na segunda volta, ainda não decidimos, em novembro quando apresentarmos o nome do nosso candidato iremos também aprovar qual será a posição do partido na segunda volta: apoiar o candidato vencedor na primeira volta ou apoiar um outro candidato ou ainda dar liberdade aos militantes para votarem no candidato que acharem melhor", explicou à Lusa.

Zacarias da Costa disse que há vários nomes na lista, mas que o partido quer promover uma candidata, uma mulher, nas presidenciais que deverão decorrer em março de 2012.

"Nós queremos acima de tudo, mais uma vez, promover uma candidata, uma mulher, isto pelo compromisso que o PSD tem na promoção da mulher timorense, porque achamos que Timor tem mulheres muito válidas", disse.

Nas presidenciais de 2007, o PSD foi o único partido a apresentar uma candidata, que foi a atual ministra da Justiça, Lúcia Lobato, que obteve mais de oito por cento dos votos.

Em relação às legislativas, que deverão ocorrer em junho de 2012, o presidente do PSD, partido que elegeu sete deputados nas legislativas de 2007, disse estar aberto a coligações.

"Acho que todos os partidos políticos deviam estar abertos a coligações. As coligações são uma modalidade para, não conseguindo a maioria, poder governar", disse.

O PSD faz parte da Aliança de Maioria Parlamentar (AMP), atualmente no poder em Timor-Leste, que inclui também o Congresso Nacional de Reconstrução de Timor-Leste (CNRT), a Associação Social-Democrata Timorense (ASDT) e o Partido Democrático (PD).

"A nossa estratégia foi bem pensada, conseguimos entrar no governo, conseguimos ser o terceiro grupo político mais votado, hoje continuamos a ter um grupo parlamentar forte, mas pensamos que nas próximas eleições temos de deixar esta possibilidade em aberto na medida em que não acreditamos que nenhum dos partidos existentes conseguirá, sozinho, uma maioria para poder governar no país", disse.

Em relação ao próximo período eleitoral do país, Zacarias da Costa disse que Timor-Leste irá uma "vez mais" demonstrar a sua maturidade, apesar de continuar a precisar de apoio técnico e logístico.
"Existe a possibilidade de algum incidente menor poder acontecer, mas isso, não creio, que possa estragar todo o ambiente de festividade democrática que serão as próximas eleições", salientou.

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