Os sindicatos vão continuar "martelando" durante o G20 possíveis soluções para manutenção dos empregos em meio à crise internacional. É o que garante João Felício, secretário de relações internacionais da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Em conjunto com outros representantes sindicais da Confederação Sindical Internacional (CSI), ele conta que o objetivo da CUT é inserir a preocupação com os direitos dos trabalhadores nas decisões econômicas e políticas da crise.
Segundo Felício, um dos alvos de críticas será o setor financeiro, que procura socorro dos Estados em momentos de instabilidade. O sindicalista critica a ação dos bancos. Ele explica que quando os governos socorrem o sistema financeiro acabam “usando recursos públicos” vindos “de impostos que o povo paga”.
Questionado sobre a ideia do Brasil ajudar os países europeus com a crise financeira, Felício admite que a CUT nunca debateu o assunto, não tendo uma posição fechada. No entanto, disse que pessoalmente é contra a utilização de recursos públicos para esta finalidade.
Felício conta que as reivindicações dos sindicalistas não foram tão bem acatadas em edições passadas do G20. Ele explica que acordos são fechados, mas que muitas vezes não são cumpridos. Por isso, ele ressalta, os sindicatos pretendem continuar a defender o emprego e os recursos estatais neste espaço de poder.
Em atividades anteriores e paralelas ao evento oficial, sindicalistas realizaram protestos para apresentar reivindicações. As 20 economias mais ricas, agrupadas no G20, se reunirão na cidade francesa de Cannes nos dias 3 e 4 de novembro. (pulsar/brasilatual)
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