RTP – 17:09
Supremo Conselho das Forças Armadas aceitou a demissão do governo liderado por Essam Charaf e anunciou que será substituído por um governo de salvação nacional. Prometeu ainda realizar eleições presidenciais "antes de Julho". A revelação foi feita por Abou Elela Mady, líder do Partido de Wasat à cadeia de televisão Al Jazeera. A informação foi confirmada à agência Reuters.
O acordo também antecipa significativamente a eleição presidencial que o Conselho dos militares pretendia marcar apenas para o fim de 2012, início de 2013. Os generais apresentaram mesmo o dia 1 de Julho de 2012 como data para transferir o poder para um governo civil. As eleições presidenciais terão assim de se realizar até lá.
O Conselho das Forças Armadas esteve reunido esta terça-feira num gabinete de crise, durante quatro horas, com os principais partidos egípcios, procurando uma saída para o impasse político e os confrontos entre dezenas de milhares de pessoas e as forças de segurança, que duram desde sábado e fizeram pelo menos 29 mortos.
Segundo dois líderes políticos que assistiram à reunião, Abou al-alla Madi et Mohammed Selim el-Aoua, o Conselho aceitou também a demissão do governo chefiado por Essam Charaf, apresentada segunda-feira à noite em protesto contra a repressão dos manifestantes.
Algumas fontes disseram que o Conselho estava a considerar o nome de Mohamed ElBaradei para novo primeiro-ministro. Outro nome é o de Albdelmoneim Aboul Fatouh, ex-membro da Irmandade Muçulmana.
Aguarda-se ainda que o marechal Tantaoui, líder do Supremo Conselho das Forças Armadas fale à nação, conforme anúncio feito na televisão estatal no início da tarde.
O acordo para um governo de salvação nacional torna de novo possível a realização das eleições legislativas confirmou ainda à Reuters Emad Abdel Ghafour, líder do partido ultra-conservador Nour (luz). Os protestos dos últimos dias estavam a colocar em causa o escrutínio que tem início marcado para segunda-feira 28 de novembro e deverá terminar em Março de 2012.
EUA apelam ao fim da violência
O Conselho das Forças Armadas esteve reunido esta terça-feira num gabinete de crise, durante quatro horas, com os principais partidos egípcios, procurando uma saída para o impasse político e os confrontos entre dezenas de milhares de pessoas e as forças de segurança, que duram desde sábado e fizeram pelo menos 29 mortos.
Segundo dois líderes políticos que assistiram à reunião, Abou al-alla Madi et Mohammed Selim el-Aoua, o Conselho aceitou também a demissão do governo chefiado por Essam Charaf, apresentada segunda-feira à noite em protesto contra a repressão dos manifestantes.
Algumas fontes disseram que o Conselho estava a considerar o nome de Mohamed ElBaradei para novo primeiro-ministro. Outro nome é o de Albdelmoneim Aboul Fatouh, ex-membro da Irmandade Muçulmana.
Aguarda-se ainda que o marechal Tantaoui, líder do Supremo Conselho das Forças Armadas fale à nação, conforme anúncio feito na televisão estatal no início da tarde.
O acordo para um governo de salvação nacional torna de novo possível a realização das eleições legislativas confirmou ainda à Reuters Emad Abdel Ghafour, líder do partido ultra-conservador Nour (luz). Os protestos dos últimos dias estavam a colocar em causa o escrutínio que tem início marcado para segunda-feira 28 de novembro e deverá terminar em Março de 2012.
EUA apelam ao fim da violência
Dezenas de milhar de pessoas estão concentradas na Praça Tahrir e ruas adjacentes. Exigem a demissão dos militares, com o marechal Tantaoui à cabeça e a sua substituição por um governo civil interino. Entraram já em confrontos com a polícia de choque e soldados que protegem os acessos ao ministério do Interior.
Os Estados Unidos reagiram entretanto à repressão dos últimos dias. A Casa Branca apelou ao fim da "violência deplorável" e disse que as eleições têm de seguir em frente. O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney sublinhou, "Apelamos à contenção de todos os envolvidos."
Três estudantes americanos foram detidos nas manifestações dos últimos dias, segundo fontes do ministério egípcio do Interior. Os três foram detidos num telhado do edifício da Universidade Americana no Cairo, quando atiravam bombas incendiárias sobre as forças de segurança que enfrentavam os manifestantes da Pra Tahrir.
A Universidade e as famílias dos estudantes identificaram-nos como Luke Gates, de 21 anos, da Universidade de Indiana; Gregory Porter, da Universidade de Drexel; e um estudante da Universidade de Georgetown. - (em actualização)
Os Estados Unidos reagiram entretanto à repressão dos últimos dias. A Casa Branca apelou ao fim da "violência deplorável" e disse que as eleições têm de seguir em frente. O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney sublinhou, "Apelamos à contenção de todos os envolvidos."
Três estudantes americanos foram detidos nas manifestações dos últimos dias, segundo fontes do ministério egípcio do Interior. Os três foram detidos num telhado do edifício da Universidade Americana no Cairo, quando atiravam bombas incendiárias sobre as forças de segurança que enfrentavam os manifestantes da Pra Tahrir.
A Universidade e as famílias dos estudantes identificaram-nos como Luke Gates, de 21 anos, da Universidade de Indiana; Gregory Porter, da Universidade de Drexel; e um estudante da Universidade de Georgetown. - (em actualização)
Junta Militar anuncia referendo sobre permanência no poder
RTP – 17:59
O presidente do Conselho Supremo das Forças Armadas do Egito, marechal Mohamed Hussein Tantaoui, anunciou hoje a realização de um referendo para decidir se o povo egípcio pretende que os militares abandonem o poder.
Num discurso ao país transmitido pela televisão estatal, Tantaoui, que dirige os destinos do país desde a queda do ex-presidente Hosni Mubarak em 11 de fevereiro, anunciou ainda ter aceite a demissão do governo de Essam Charaf.
O marechal Tantaoui comprometeu-se ainda a convocar eleições presidenciais "até julho de 2012".
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