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Macau, China, 04 nov (Lusa) - Cerca de mil artistas participam no 11.º Festival Fringe da Cidade de Macau, a partir de meados de novembro, estando Portugal representado pelo grupo de teatro Má-marionetas do Algarve e pela Associação Casa de Portugal.
Organizado pelo Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais de Macau (IACM), o Fringe, - que este ano tem como lema "Para onde fores a arte vai contigo" e visa um maior envolvimento da comunidade -, vai apresentar um total de 83 espetáculos de teatro, marionetas, música, multimédia e animações de rua, entre 18 de novembro e 04 de dezembro.
O Fringe de Macau conta ainda, desde 2007, com a Feira de Arte do Tap Seac, que terá cerca de 120 expositores com obras de arte originais, de associações convidadas de Taiwan (Campobag), Cantão (iMart Creative Market) e Hong Kong (The Boys and Girls Clubs Association).
A edição 2011 do Fringe Macau reúne grupos artísticos desde os pontos mais próximos da Ásia, como Hong Kong e Shenzhen - cidade continental chinesa adjacente à antiga colónia britânica -, Malásia ou Singapura, até ao Japão, México e Canadá.
Entre as performances, surge o improviso pela International Performance Art Association, com 50 palhaços de nariz vermelho a representar "Os três idiotas" nas ruas da cidade; a dança japonesa ou um cabaret de balões.
De Portugal participa o grupo Má-marionetas, do Algarve, com a peça infantil "Jardim Jasmin".
A participação lusa no Fringe é ainda reforçada pela Casa de Portugal em Macau, que pelo segundo ano consecutivo participa na parada anual, que junta cerca de 500 artistas profissionais e amadores em desfile pelo centro histórico - desde as Ruínas de São Paulo até à praça do Leal Senado - e é considerada um dos pontos altos do certame.
Prometendo uma "parada com uma nota bastante inovadora e com muita imaginação", a presidente da Casa de Portugal salientou a importância de marcar presença no Fringe.
"A participação em tudo o que seja atividades em Macau é importante. Num festival essencialmente virado para a cidade e com atividades na cidade é duplamente importante porque é a presença efetiva das pessoas para o seu espírito criativo e a sua vontade de fazer coisas novas e diferentes", salientou Amélia António.
O Festival Festival Fringe da Cidade de Macau é inspirado num festival do género na cidade francesa de Avignon, tendo já estimulado outras cidades na China a enveredar pelo mesmo caminho. É o caso de Shenzhen, que iniciará o seu Fringe assim que cair o pano sobre o certame de Macau.
"Na altura visitei a cidade de Avignon e achei interessante fazer um festival do género em Macau porque aquela cidade francesa também é pequena", recordou Hui Koc Kun, dos serviços culturais e recreativos do IACM.
O responsável sublinhou a importância da iniciativa para os jovens e comunidade local no âmbito do desenvolvimento das indústrias criativas.
"Numa altura em que tanto se fala de indústrias criativas, este é o momento em que se vê a criatividade nas ruas, na parada e nas várias animações. Todos podem ser artistas", comentou.
O Fringe Macau tem um orçamento de 1,8 milhões de patacas (160 mil euros) e a Feira de Arte do Tap Seac 800 mil patacas (71,4 mil euros).
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