quinta-feira, 17 de novembro de 2011

TELEVISÃO DE TIMOR-LESTE - JORNALISTAS OU “JORNALISTAS”?




ANTÓNIO VERÍSSIMO

Sobre Timor-Leste o caricato surge a cada esquina ou em cada redação mídia. É isso que aqui vai ficar com as respetivas considerações, meras opiniões pessoais e que encontrará no título do Sapo TL por nós publicado em compilado: Jornalistas timorenses não devem interpretar de forma negativa o uso do Facebbok e Twitter

Segundo o SAPO TL:

“Em reportagem difundida pela TVTL, os jornalistas deste canal televisivo acusavam alguns deputados da bancada FRETILIN de acederem às redes sociais Facebook e Twitter em plena sessão plenária do Parlamento Nacional.

Para os jornalistas da TVTL, as redes sociais são consideradas como um passatempo. No entanto, o director de CJITL, Gil da Silva Guterres disse aos seus colegas de profissão para não fazerem más interpretações no uso das redes sociais, já que estes são os novos media.

“É preciso dar a conhecer aos jornalistas timorenses o verdadeiro papel das redes sociais, porque nós temos várias interpretações acerca do Facebook e Twitter,” explicou.

Gil confessa que acompanha “sempre os deputados José Teixeira e Arsénio Bano através das suas páginas do Facebook e Twitter. Fico surpreso com a rapidez destes dois deputados na busca de informação.”

O director do CJITL acrescenta ainda que, hoje em dia, os políticos utilizam regularmente o Facebook e o Twitter para fazer campanha.” (Fim)

Segundo o deputado José Teixeira em comentário em Página Global:

“No entanto, as pessoas devem saber que o governo de Timor-Leste tem bloqueado acesso ao Facebook no serviço da internet do governo. Nosso acesso ao Facebook na internet não é pelo serviço de internet do governo, mas nossa própria conta de 3G privada de acesso à Internet. Curiosamente, o governo também bloqueou o acesso ao WikiLeaks em seu servidor.

Estas novas medias de comunicações são considerados ameaças por parte do governo AMP. Por isso bloqueiam. Grandes democratas!” (Fim)

CHAPÉUS HÁ MUITOS, SEUS PALERMAS!

Não deixa de ser sintomático que os jornalistas da televisão de Timor-Leste tenham uma visão pardacenta sobre as redes sociais e as possibilidades de comunicação-informação que elas nos proporcionam. Jornalista que não compreende a importância das redes sociais e os tempos que correm acabam por ser perigosos para a profissão que abraçaram e para a função que devem de desempenhar com isenção e escrupulosamente. Tudo indica que não é o caso dos citados jornalistas da RTTL, será o caso de alguns “jornalistas” sem coluna vertebral. Com o agravante de não tomarem em consideração as redes sociais como objeto online verdadeiramente importante na comunicação-informação, julgando o Facebook, Twitter e congéneres como objeto de diversão e passatempo. Contudo, podemos presumir, já não será de diversão ou passatempo se acaso o líder ou lideres partidários que lhes arranjaram o emprego de “jornalistas” intervir em qualquer daquelas redes sociais. Chama-se a isso lambe-botas.

Diziam há tempos uns timorenses que fome em Timor-Leste "existe e não é pouca", quer em Díli quer no interior do país. Que tal estes “jornalistas” agarrarem um pouco de dignidade, deixarem de rastejar e usarem a coluna vertebral para irem reportar em TV a realidade timorense nua e crua apontando especificamente aonde estão os famintos timorenses. Assim, ao menos de vez em quando, até deviam de preencher o ego a fazerem algum trabalho de jornalistas a sério. De jornalistas e não de “jornalistas”.

Acresce de tudo isto a informação acima mencionada pelo deputado José Teixeira sobre a inacessibilidade a determinados sites por “corte” provocado pelo governo. É grave. Ainda mais porque acontece na casa que devia de ser da democracia, o Parlamento, que não devia ser casa de atos censórios dignos de Kadafi e de outros ditadores. Essa inacessibilidade é nada mais nada menos que um ato de censura, característico nos países com défice de democracia. Mas isso já sabemos desde o exterior do país, sobre tais exercícios do governo regido pelo pai do golpe de estado de 2006, que a partir daí passou a ser conhecido por padrasto da libertação do país do sol nascente.

Mudam-se os tempos e hão-de mudar-se as vontades. Até a RTTL há-de vir a ter jornalistas, se bem que já estejam por lá uns quantos, mas esses compreendem decerto a importância das redes sociais...

Em término será bom salientar que “o director de CJITL, Gil da Silva Guterres disse aos seus colegas de profissão para não fazerem más interpretações no uso das redes sociais, já que estes são os novos media.”

Na verdade os “jornalistas” da RTTL deviam saber reparar no CJITL porque desde sempre, quando quase não era nada e estavam no inicio do esforço da sua obra de comunicação-informação, têm primado por uma conduta de busca incessante de mais-valia na profissão de jornalistas.

Como está acima constante, Silva Guterres disse: “É preciso dar a conhecer aos jornalistas timorenses o verdadeiro papel das redes sociais, porque nós temos várias interpretações acerca do Facebook e Twitter,” explicou.”

Simpatia e benevolência com verdade por parte deste profissional. O que alguns dos “jornalistas” timorenses precisam é de readquirir a coluna vertebral e de frequentarem cursos de formação intensivos, por exemplo no CJITL, sem que posteriormente caiam no vício de se prenderem com o supérfluo e ignorarem o essencial – informar com conhecimento e rigor - ou trabalhar por “encomenda” em exercícios de lambe botas.

Há tempos atrás era visível o bom caminho por que o jornalismo timorense estava a enveredar. Isso mesmo ainda será detetável no CJITL e no Suara Timor Lorosae ou no Tempo Semanal, por exemplo. Era patente estarem a enveredar pelo caminho certo no exercício da profissão. Com arestas por burilar mas já com a objetividade e verticalidade que deve ser o sumo e o miolo da profissão de jornalista. Nada fácil mas que é viciante e dá muito prazer à existência dos que orgulhosamente fazem por ser ou já são jornalistas, e não só “jornalistas” - desses existem imensos pelo mundo fora. Timor-Leste e os timorenses merecem o melhor.

Quem está mal deve corrigir-se. De certeza absoluta que não são os deputados em questão nem outros, independentemente das suas cores partidárias, que eventualmente usem as redes sociais reportando a partir do Parlamento Nacional o que acharem por bem e seja comunicação-informação. Como dizia o grande ator Vasco Santana: “Chapéus há muitos, seus palermas!”

1 comentário:

Anónimo disse...

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