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Rio de Janeiro, 11 dez (Lusa) - A população do Pará, o segundo maior estado do Brasil, decidirá hoje, através de um plebiscito, se dividirá o seu vasto território de 1,2 milhões de quilómetros quadrados em duas ou três unidades federativas ou se fica como está.
No pleito, os habitantes deverão escolher se são a favor, ou contra, a partilha do território, através da criação de mais um ou dois novos estados, que terão o nome de Tapajós e Carajás, além do Novo Pará, que seria o remanescente do atual estado do Pará.
A proposta surgiu por causa da grande extensão do estado do Pará que, sozinho, compreende mais de 13 vezes o tamanho de Portugal.
Caso vençam as propostas para a criação de dois novos estados, o território que hoje representa apenas o Pará daria lugar ao Novo Pará, com 220 mil km2; Tapajós, com 718 mil km2; e Carajás com 296 mil km2.
Já a população do estado - atualmente de 7,850 milhões de pessoas - ficaria mais concentrada no estado do Novo Pará, com 4,800 milhões de habitantes.
O restante estaria distribuído entre Carajás (1,565 milhões) e Tapajós, com 1,175 milhões.
De acordo com os defensores da divisão do grande estado, devido ao tamanho do território, os serviços públicos mais básicos não chegam aos municípios que estão até a 1.800 quilómetros de distância da sede do governo estadual.
As pesquisas realizadas até ao momento, no entanto, indicam que a maioria da população do Pará não é favorável à divisão.
Os que se opõem à partilha argumentam que esta divisão não irá solucionar os problemas económicos e sociais do estado e acabará por gerar mais despesas com a abertura de novos quartéis, tribunais e assembleias.
Caso a proposta de divisão ganhe em plebiscito, o Congresso Nacional terá ainda de discutir e formular uma lei sobre o assunto, que terá de contar com o aval da Presidente Dilma Rousseff.
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