ANGOLA PRESS
Cidade da Praia - As estatísticas internacionais sobre o desenvolvimento em Cabo-Verde são "impressionantes", disse sexta-feira Pedro Santana Lopes, ex-primeiro-ministro português, que se encontra na Cidade da Praia na qualidade de empresário nas áreas das novas tecnologias, ambiente e energias renováveis, segundo a Lusa.
Falando aos jornalistas após a sessão de encerramento dos dois seminários que a empresa de consultoria e apoio à gestão que lidera (Link Think) organizou em Cabo-Verde, Santana Lopes referiu que a evolução tecnológica é "muito grande" e que o arquipélago demonstrou mais uma vez porque é considerado inteligente e verde.
"Nos sectores do ambiente e energias renováveis, nas novas tecnologias e na modernização administrativa, Cabo-Verde está num nível de desenvolvimento impressionante. Portugal não tem nada a ensinar a Cabo-Verde e tem é de beneficiar do trabalho conjunto", sustentou o empresário português.
Ladeado pelo primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, que presidiu a cerimónia de encerramento dos quatro dias de seminários, Santana Lopes destacou a meta definida pelo governo de atingir uma taxa de 50 por cento de produção de energias renováveis até 2020, valor que está nos 25 por cento.
"É um arquipélago inteligente e verde. Esta meta de 50 por cento de energias renováveis até 2020 e de uma ilha (Brava) totalmente auto-sustentável, é perfeitamente realizável", salientou o antigo presidente das câmaras de Lisboa e da Figueira da Foz e ainda da UCCLA.
"Cabo-Verde, apostando muito na formação, com uma média etária muito baixa, proporciona a esta gente nova as ferramentas para que o país possa dar um salto muito grande. A leitura das estatísticas internacionais, a vários níveis, é absolutamente impressionante", destacou.
Com a info-inclusão, por via do alargamento das escolas digitais a todo o país, acrescentou, Santana Lopes defendeu que Cabo Verde vai tornar-se "um caso muito sério de integração" nos desafios do século XXI.
"A estratégia é correctíssima porque estão a pensar e a fazer, com ambição e visão", insistiu, admitindo que existem "boas oportunidades de negócio" para as empresas que o acompanharam na deslocação a Cabo-Verde, como a UNISYS, ISA (Inteligent Sensing Anywhere), Ecorede e Energyband, todas portuguesas.
"As perspetivas de negócio são boas. Os empresários que nos acompanharam estão satisfeitos e puderam constatar que se podem estabelecer parcerias nos dois sentidos", concluiu Santana Lopes.
Por seu lado, José Maria Neves, que se assumiu como "amigo pessoal" de Santana Lopes, lembrou que a Cabo-Verde "não falta ambição" e apelou a "parcerias inteligentes", com a criação de ideias, acrescento de valor e partilha de conhecimento.
"Somos inequivocamente verdes, azuis e renováveis. O sol, o vento, o mar, as cabo-verdianas e cabo-verdianos são os únicos recursos que temos disponíveis, que são as nossas pedras preciosas", reiterou.
"Terão de haver oportunidades de negócio para desenvolvermos as tecnologias informacionais, as energias renováveis e melhoria do ambiente de negócios por via da modernização da administração pública", concluiu.
Sem comentários:
Enviar um comentário