EXPRESSO
No dia em que celebra 87 anos, o antigo Presidente da República gostaria de receber um "presente admirável": que a crise europeia "se desvanecesse" e a UE se "libertasse" dos mercados especulativos.
O antigo Presidente da República Mário Soares afirmou hoje, dia em que celebra 87 anos, que gostaria de receber um "presente admirável": que a crise europeia "se desvanecesse" e a União se conseguisse "libertar" dos mercados especulativos.
Questionado pelos jornalistas sobre qual seria o "presente político" que gostaria de receber neste aniversário, Mário Soares respondeu: "Era que aquilo que se está a passar na Europa se desvanecesse rapidamente, que os europeus chegassem a um consenso e fizessem avançar o projeto europeu para a frente e nos libertassem destes mercados especulativos. Isso seria um presente admirável".
O antigo Presidente da República falava em Lisboa, no final de uma sessão de autógrafos do seu mais recente livro, "Um político assume-se", da editora Temas e Debates.
Mário Soares acrescentou ainda que está a seguir "com alguma preocupação, como é evidente" a preparação da cimeira europeia agendada para esta semana.
O ex-chefe de Estado voltou a afirmar que é "contra as agências de rating", considerando "ridículo" que a Standard & Poors tenha esta semana ameaçado baixar a classificação das dívidas alemãs e francesa. "Devia haver uma resposta muito violenta contra essas agências de rating que só fazem especulação. Mandá-las embora, não deixar que tivessem a importância que têm", disse Soares.
"Há dívidas e dívidas"
Questionado também sobre declarações de José Sócrates em Paris, citadas pelo Correio da Manhã de hoje, segundo as quais o anterior primeiro-ministro considera que as dívidas soberanas são "eternas" e obrigar os pequenos países a pagá-las é "uma ideia de criança", Mário Soares disse que "há dívidas e dívidas".
"Evidentemente que não são eternas, mas há dívidas e dívidas", afirmou, recusando porém acrescentar mais comentários por não desconhecer exatamente o que disse José Sócrates e acreditar que "não foi bem aquilo que foi dito pelos jornais".
"Desculpem que vos diga, mas muitas vezes eu não acredito muito no que diz a imprensa porque acrescentam um ponto, depois acrescentam dois, depois acrescentam quatro e depois ninguém sabe se e verdade se não é. É por isso que eu não gosto de comentar o que os outros dizem e gosto só de comentar aquilo que eu digo", afirmou Soares aos jornalistas.
2 comentários:
No dia da tua morte estarei a tua espera para te levar para o inferno onde pagarás pelos teus actos que cometes-te e que escondes aos olhos dos homens mas aos meus não o podes fazer Sr Mário.
O Diabo
Mário Soares salvou Portugal de substituir o fascismo pelo comunismo. Claro que o diabo - que é vermelho - irá ameaçá-lo.
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