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Portimão, 03 dez (Lusa) - O ministro Miguel Relvas afirmou hoje que o clima de contestação com que foi recebido, em Portimão, no encerramento do congresso nacional das freguesias foi "gerado e estimulado", mas escusou-se a apontar culpados.
"Todos estes climas são gerados e são estimulados e este clima foi estimulado. Estavam aqui vários autarcas", disse o ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares aos jornalistas no final do 13.º Congresso da Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE), que decorreu em Portimão.
Miguel Relvas escusou-se a concretizar os mentores da contestação: "Não me compete a mim, não sou comentador político".
O ministro disse que acredita "firmemente no caminho que está a ser seguido", o que o levou a marcar presença no encerramento do congresso, observando que para evitar a contestação "o mais fácil" seria não estar presente.
"Nunca vi reformas a favor de palmas e de aplausos. As boas reformas são feitas com determinação, com realismo e contra a adversidade", disse Miguel Relvas.
O governante frisou que quando o Governo anterior assinou o acordo com a troika "estava prevista a extinção de freguesias, como estavam previstas outras medidas difíceis e delicadas que estão a ser cumpridas".
Contudo, Miguel Relvas realçou que a reforma do Estado central, regional e local, será feita como forma de valorizar as freguesias, porque, disse, "é altura dos portugueses deixarem de pagar os sacrifícios" com aumentos de impostos.
"Esta reforma tem vários autarcas a trabalhar e estamos a conversar com as associações de municípios e de freguesias ", concluiu.
*Foto em Lusa
1 comentário:
Neste caso, parece-me que o Governo comprou uma guerra inútil. A extinção das freguesias, alegadamente proposta pelos tecnocratas do FMI, não vai diminuir em nada a despesa pública de Portugal. Por uma razão elementar: a generalidade dos autarcas das freguesias trabalha graciosamente pelas suas comunidades e as freguesias não têm dívidas, como sublinhou o líder da ANAFRE. Por isso, não sei onde é que o Governo vai poupar dinheiro com a extinção das freguesias mais pequenas, que são aqueles cujo presidente da Junta nem é remunerado.
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