terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Moçambique: Governo quer criar um serviço nacional de coleta e distribuição de sangue



MMT - LUSA

Maputo, 20 dez (Lusa) - O governo moçambicano pretende criar um Serviço Nacional de Sangue, instituição que se encarregará da análise, coleta e distribuição de sangue no país, visando duplicar para 200 mil unidades anuais a quantidade de sangue recolhido em Moçambique.

Na segunda-feira, o governo aprovou uma proposta de lei, a ser submetida à apreciação do Parlamento, que prevê a "institucionalização da recolha de sangue no país", disse aos jornalistas o porta-voz do conselho de ministros de Moçambique, Henrique Banze.

"Fundamentalmente, o que se pretende é garantir que esse trabalho seja de foro mais institucionalizado. Queremos institucionalizar com o governo esta matéria e, por outro lado, trazer benefícios que achamos que são importantes, de entre eles a racionalização dos recursos humanos", explicou.

Segundo Henrique Banze, que é igualmente vice-ministro moçambicano dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, "o mais importante ainda é que haja uma melhor organização e distribuição da qualidade de sangue".

De resto, "com diversas doenças que possam existir, nem todo o sangue que produzimos neste momento tem a qualidade desejada", disse o porta-voz do conselho de ministros, apontando ainda "a insuficiência de sangue" nos hospitais como motivo para a criação de um Serviço Nacional de coleta de Sangue.

Dados das autoridades sanitárias indicam que, em média, nos últimos cinco anos, Moçambique recolheu, "anualmente, cerca de 100 mil unidades", mas, de acordo com Henrique Banze, "o país precisa de mais do dobro para satisfazer as suas necessidades".

"Moçambique vai fazer esta institucionalização também para responder as suas necessidades e ir de encontro à legislação internacional que é colocada a nível da Organização Mundial de Saúde", justificou Henrique Banze.

O executivo moçambicano pretende com a reestruturação do funcionamento deste processo que, "individualmente, os hospitais deixem de fazer a coleta de sangue como trabalho rotineiro e que passe a haver gente especialmente dedicada a esse serviço", afirmou Henrique Banze.

A proposta de lei para criação de uma instituição vocacionada para a análise, coleta e distribuição de sangue no país prevê que o serviço seja concentrado nas três regiões sul, centro e norte de Moçambique.

*Foto em Lusa

Sem comentários:

Mais lidas da semana