segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Portugal: PS ACUSA PASSOS DE FAZER ATAQUE TOTAL E SEM PUDOR AOS UTENTES DO SNS



JORNAL DE NOTÍCIAS

O PS acusou, esta segunda-feira, o primeiro-ministro de ter feito um ataque total e sem pudor, sobretudo à classe média, ao admitir que a margem de progressão dos aumentos das taxas moderadoras ainda está longe de se esgotar.

O PS acusou, esta segunda-feira, o primeiro-ministro de ter feito um ataque total e sem pudor, sobretudo à classe média, ao admitir que a margem de progressão dos aumentos das taxas moderadoras ainda está longe de se esgotar.

A posição dos socialistas foi assumida pelo deputado e ex-ministro António Serrano, numa reacção a declarações horas antes proferidas por Pedro Passos Coelho, que invocou um acórdão do Tribunal Constitucional para afirmar que o Governo está "muito longe de esgotar o 'plafond' de crescimento das taxas moderadoras" aplicadas no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

António Serrano manifestou-se surpreendido com esta posição do primeiro-ministro, já que "informou que ainda há uma margem enorme de progresso no aumento das taxas moderadoras".

"De facto, trata-se de uma declaração de ataque total e sem qualquer espécie de pudor à classe média e a todos os cidadãos em Portugal", acusou.

Segundo o deputado do PS, "independentemente das isenções concedidas - e que sempre existiram ao longo dos tempos no SNS -, verifica-se que o Governo se prepara para fazer aumentos em alguns casos de mais de 300% nas taxas moderadoras".

"Em cima disso, o primeiro-ministro, como que achando que ainda é pouco, avisa que está longe de ser esgotado o "plafond' de crescimento das taxas moderadoras, o que é insustentável para a população portuguesa", considerou o ex-ministro socialista.

António Serrano advertiu que Portugal está a atravessar um momento de "desnatação e de desqualificação do SNS", caminhando "para uma política de cofinanciamento do SNS".

"Num momento de crise e de aumento do desemprego, não é possível pactuar com este tipo de política. Os portugueses têm de dizer basta e o Governo tem é de atacar as gorduras, que antes das eleições sempre apresentou como bandeira do seu programa", contrapôs o deputado socialista.

António Serrano disse depois acreditar que, em termos de via alternativa, há margem para cortar gorduras no sistema de saúde, através da redução de encargos administrativos e da eliminação de funções (por exemplos nas administrações regionais de saúde).

"Não é difícil arranjar 200 ou 300 milhões de euros [em poupanças] para evitar este ataque à população portuguesa no acesso à saúde. O acordo celebrado com a "troika" não dá cobertura àquilo que está a ser feito por este Governo, porque esse acordo abre espaço a medidas alternativas para que se atinjam os mesmos objectivos", sustentou o ex-ministro socialista.

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*Fotomontagem em REINO DA VADIAÇÃO

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