... não assinar acordo com HBD-Boa Vida
ABEL VEIGA - TÉLA NÓN
É grande a preocupação da população e do Governo Regional do Príncipe, em relação a um possível fracasso do projecto de investimento proposto pelo milionário sul-africano, Mark Shuttleworth(na foto). A meta para a consumação do negócio é 21 de Dezembro.
Dados recolhidos pelo correspondente do Téla Nón na ilha do Príncipe, indicam que o acordo de investimento firmado entre o Governo Regional do Príncipe e o milionário sul-africano, proprietário do grupo HBD – Boa Vida, está avaliado em 70 milhões de euros, para desenvolver um conjunto de projectos turísticos e sociais, até Dezembro de 2019.
O valor a ser investido pelo milionário sul-africano na ilha do Príncipe nos próximos 9 anos, representa cerca de metade do Orçamento Geral do Estado anual do país. O Grupo que já está a operar na Roça Paciência, transformando a antiga roça degradada num hotel para desenvolvimento do turismo ecológico, dá emprego há mais de 200 pessoas no Príncipe, incluindo os antigos assalariados da Roça Sundy.
Mark Shuttleworth o patrão da HBD-Boa Vida, caiu nas graças do povo da ilha do Príncipe. “ O Homem da Lua” como é chamado pelo povo da ilha, inclui no projecto de investimento a elevação do aeroporto do Príncipe para categoria internacional, através da construção de uma nova pista com 1850 metros, ou seja, igual a do aeroporto internacional de São Tomé. Desta forma o aeroporto regional poderá também receber alguns aviões de médio porte como o aeroporto de São Tomé.
Restauração das infra-estruturas degradadas da antiga Roça Porto Real como escola de formação profissional em diversos domínios de actividade é outra valência do projecto.
21 de Dezembro é a data limite para a assinatura do acordo final com o Governo Central. Em declarações ao correspondente do Téla Nón no Príncipe, populares manifestam-se preocupados, com a possibilidade do acordo não ser assinado na data indicada, e o Homem da Lua, abandonar a ilha do papagaio.
A polémica em torno da dupla concessão da Roça Sundy é uma das principais causas do impasse do projecto. A roça Sundy está incluída no projecto de investimento do grupo HBD – Boa Vida e com o aval do Governo Regional, mas a mesma roça já tinha sido entregue pelo Governo Central ao grupo privado Belga Socfinco, para exploração de óleo de palma.
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