RTP
A portuguesa Mafalda Velez Horta, acusada pelo Ministério Público são-tomense de crime de subtração fraudulenta de menores, fica em liberdade mas impedida de sair do país, segundo a medida de coação que hoje lhe foi imposta pelo juiz de instrução.
Já hoje e depois de ser interrogada durante quatro horas pelo Ministério Público, Mafalda Horta tinha sido constituída arguida sob a acusação de subtração fraudulenta de menores.
Presente ao juiz Hilário Garrido, que ouviu a arguida ao longo de quase duas horas, a medida de coação imposta foi a proibição de sair de São Tomé e Príncipe, tendo o processo seguido para instrução preparatória.
A decisão do juiz de impedir a saída do país da cidadã portuguesa deveu-se a informação confirmada de que a mesma tencionava viajar na sexta-feira para Portugal.
Mafalda Horta estava a ser investigada pelas autoridades são-tomenses por alegado envolvimento numa rede de tráfico de menores.
Fontes da polícia contactadas pela agência Lusa na capital são-tomense, disseram que Mafalda Horta, cidadã portuguesa a residir em São Tomé e Príncipe, foi detida na terça-feira à tarde, depois de ter sido denunciada publicamente na segunda-feira pela jurista são-tomense Celisa Deus Lima de alegado envolvimento numa rede de tráfico de menores, acusação que a visada desmentiu categoricamente.
Celisa Lima acusou Mafalda Horta de se fazer passar por advogada no estrangeiro para trabalhos de adoção internacional.
Celisa Lima, que é dirigente da Ordem dos Advogados de São Tomé e Príncipe, manifestou ainda a convicção de que Mafalda Horta "faz parte de uma rede, com sustentáculos fortes no país e no estrangeiro, que tem facilitado a saída rápida de crianças (deste país africano) para pais adotivos".
Na mesma altura, e em declarações aos jornalistas, Mafalda Horta negou fazer parte de qualquer rede de tráfico de menores e confirmou ter participado em "alguns processos" de adoção, mas tudo dentro da legalidade, declarando-se "orgulhosa com o trabalho feito".
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