quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

São Tomé e Príncipe: Portuguesa acusada de subtração de menores impedida de deixar o país



RTP

A portuguesa Mafalda Velez Horta, acusada pelo Ministério Público são-tomense de crime de subtração fraudulenta de menores, fica em liberdade mas impedida de sair do país, segundo a medida de coação que hoje lhe foi imposta pelo juiz de instrução.

Já hoje e depois de ser interrogada durante quatro horas pelo Ministério Público, Mafalda Horta tinha sido constituída arguida sob a acusação de subtração fraudulenta de menores.

Presente ao juiz Hilário Garrido, que ouviu a arguida ao longo de quase duas horas, a medida de coação imposta foi a proibição de sair de São Tomé e Príncipe, tendo o processo seguido para instrução preparatória.

A decisão do juiz de impedir a saída do país da cidadã portuguesa deveu-se a informação confirmada de que a mesma tencionava viajar na sexta-feira para Portugal.

Mafalda Horta estava a ser investigada pelas autoridades são-tomenses por alegado envolvimento numa rede de tráfico de menores.

Fontes da polícia contactadas pela agência Lusa na capital são-tomense, disseram que Mafalda Horta, cidadã portuguesa a residir em São Tomé e Príncipe, foi detida na terça-feira à tarde, depois de ter sido denunciada publicamente na segunda-feira pela jurista são-tomense Celisa Deus Lima de alegado envolvimento numa rede de tráfico de menores, acusação que a visada desmentiu categoricamente.

Celisa Lima acusou Mafalda Horta de se fazer passar por advogada no estrangeiro para trabalhos de adoção internacional.

Celisa Lima, que é dirigente da Ordem dos Advogados de São Tomé e Príncipe, manifestou ainda a convicção de que Mafalda Horta "faz parte de uma rede, com sustentáculos fortes no país e no estrangeiro, que tem facilitado a saída rápida de crianças (deste país africano) para pais adotivos".

Na mesma altura, e em declarações aos jornalistas, Mafalda Horta negou fazer parte de qualquer rede de tráfico de menores e confirmou ter participado em "alguns processos" de adoção, mas tudo dentro da legalidade, declarando-se "orgulhosa com o trabalho feito".

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