terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Timor-Leste: O NATAL DE UM PAÍS POBRE



Frei Manuel Rito - Ecclesia

Cheguei de Timor-Leste apenas há 15 dias. Nenhum sinal de Natal havia ainda nas ruas, lojas e lugares públicos de Díli, a capital. Apenas as paróquias se movimentavam ligeiramente na preparação do 1.º domingo de Advento.

Num país pobre e de grande vivência cristã falam mais alto e mais forte os símbolos da fé ligados ao Natal dos Evangelhos.

Nos países ocidentais, os mitos camuflaram a história, as lendas substituíram o mistério e a Criança que se oferece à humanidade deu lugar ao culto do consumo e de uma fraternidade universal mais cosmética do que fraterna.

Num país pobre, o Pai Natal não pode ser muito rico. As empresas comerciais estão na mão dos indonésios, sem tradições natalícias, e a reduzida capacidade elétrica não permite grandes publicidades ou decorações luminosas.

Timor-Leste mantém-se fiel à tradição cristã, expressa nas celebrações litúrgicas e no presépio popular.

Em contraste com os apelativos consumistas do ocidente de estrelas nas praças e de montras repletas, a grande atração pública e competitiva deste país oriental é a apresentação de presépios nas ruas em todas cidades e aldeias. O presépio é o grande sinal que distingue e marca nos timorenses este tempo de Natal. Em todos os bairros, em todas as ruas de pequenas ou grandes localidades, mesmo em plena estrada distante e isolada, os jovens montam a estrutura do presépio tão sólida que fica de uns anos para outros, decorando-a com figuras do artesanato local e mesmo com montagem elétrica, prevendo que a luz elétrica possa talvez um dia passar por ali.

É nestes sinais, simples, tradicionais e de sentido cristão que se resumem os valores do Natal timorense, já que em ceias de Natal, consoadas de bacalhaus e perus também pouco participam, limitando-se ao arroz de todos os dias, enriquecido nesta quadra com pequenos ingredientes vegetais ao qual dão o nome de "ketupa" e algumas pequenas iguarias caseiras, "sagu" e "kué rambu".

Em Timor-Leste o Natal ainda é uma Criança, não um Velho (pai natal); a consoada é mais pobre, mas mais fraternal; a árvore está menos iluminada, mas projeta mais luz; o presépio tem menos arte e menos enfeites, mas tem mais história e teologia.

*Frei Manuel Rito, missionário Capuchinho

3 comentários:

Anónimo disse...

JOSE MANUEL RAMOS HORTA E SIMPLESMENTE UM PORCO QUE PENSA QUE E DEUS!


Jornal INDEPENDENTE - Tersa, 13 Dezembru 2011

Deputadu husi Bancada FRETILIN iha uma fukun Parlamentu Nasional, konsidera Prezidenti da Republika asaltu poder ba kna’ar no responsablidade judisariu nian, tanba, deside uluk ona indultu ba ema ne’ebe mak seidauk tama iha komarka.

Deklarasaun ne’e, hasai husi deputadu Bancada FRETILIN, relasiona ho deklarasaun Prezidenti Republika iha semana kotuk ba kazu diretor ONG LABEH ne’ebe prezidente atu fo indultu kuandu kazu ne’e rasik seidauk iha desizaun final husi tribunal, tanba arguidu ho nia defeza sei halo rekursu ba tribunal rekursu.

Eis Ministru Justica, atual membru komisaun A Parlamentu Nasional, asuntu konstitusional, lezislasaun Governu, Deputado Domingos Sarmento hateten, iha prosesu normal hanesan mos iha nasaun seluk, Prezidente Republika fo indultu ba ema ruma kuandu ema ne’e tama ona prizaun tinan balun nia laran.

Tuir Deputadu FRETILIN ne’e, prosesu tomak kuandu seidauk iha desizaun definitivu husi tribunal, orgaun soberanu seluk, labele halo intervensaun indereta ba desizaun ne’e.

“Enkuantu seidauk iha desizaun definitive husi tribunal orgaun seluk labele interven ka halo deklarasaun ruma hodi fo indultu,” tenik Domingos Sarmento iha Parlamentu Nasional, horsehik.

Loloos, nia dehan, indultu atu halo bainhira, ema ne’e tama ona prizaun tuir desizaun tribunal ne’ebe haree kompaortamentu liliu ema ne’e rasik rekoinese nia sala hafoin fo indultu.

“Ema seidauk tama kadeia, Prezidente Republika hakarak fo ona indultu, ne’e kontra lei, la tuir lei ne’ebe vigora,” deklara nia.

Deputadu FRETILIN ne’e dehan, situasaun ne’e bele konsidera Prezidenti Republika halo autora judisariu dilemma hodi foti desizaun ne’ebe justu.

Anónimo disse...

Senhor(a) anónimo (a, Não há outra forma de argumentar ou de demonstrar o seu desagrado sem insultar o Presidente?

Anónimo disse...

De acordo com o aNõnimo das 11:20. Essa é uma das razões do esvaziamento deste blogg.

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