ORLANDO CASTRO*, jornalista – ALTO HAMA*
Segundo a Lusa, a vontade dos portugueses de ter animais de estimação não se fica pelos cães, gatos ou tartarugas e alguns optam por leões, tigres, ursos ou crocodilos. Não consta que no conceito de animais de estimação figurem membros do governo.
Há um conjunto alargado de espécies, como os felinos ou primatas, cuja detenção é proibida desde 1992 pela sua perigosidade, "o que não implica que não se possa encontrar alguns em casa de particulares", ou em circos, disse à agência Lusa o chefe da unidade de Aplicação das Convenções Internacionais do Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB).
Por mim, os portugueses deveriam incluir – embora sempre com medidas de segurança eficazes (tipo trela, jaulas etc.) – alguns políticos, começando pelos que lideram a desenfreada tentativa de instaurar no país um regime esclavagista.
Apesar de nos últimos anos as situações terem diminuído, João Loureiro, do ICNB, avança que, "em média, há no mínimo dois a quatro grandes felinos apreendidos por ano, entre leões e tigres".
Se calhar, com as medidas impostas pelo Governo, vão aparecer mais desses animais, desde logo porque os seus donos têm de optar entre alimentá-los ou alimentar a voraz máquina dos donos do país. Poderão, é verdade, seguir as instruções do primeiro-ministro e emigrar, eventualmente com a possibilidade de levarem consigo esses mesmos animais.
Nos circos, em muitos casos, os animais não estão em situação ilegal, mas muitas organizações "deixam de ter hipótese de os alimentar" e acabam por entregá-los ao ICNB ou por ser apreendidos por falta de condições adequadas.
Também me quer parecer que o ICNB deve alargar o âmbito das suas acções, admitindo outros animais. É que, sem hipóteses de se alimentar estão cada vez mais portugueses, pelo que seria bom terem uma entidade que os recolhesse.
Entre os primatas, são apreendidos "seis a 10, em média, por ano, entre macacos e chimpanzés", disse o responsável, lembrando que também estes números têm diminuído. Apesar dessa diminuição, tudo indica que outras espécies de primatas vão engrossar o rol. Com tanta gente a tentar viver sem comer…
* Orlando Castro, jornalista angolano-português - O poder das ideias acima das ideias de poder, porque não se é Jornalista (digo eu) seis ou sete horas por dia a uns tantos euros por mês, mas sim 24 horas por dia, mesmo estando (des)empregado.
Título anterior do autor, compilado em Página Global: DEIXEM O “QUERIDO LÍDER” EM PAZ!
1 comentário:
Boa. A imagem de Passos Coelho enquadra-se muito melhor. Gostei.
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