quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

ALERTA AZUL




1 - Os sinais provenientes do edifício RTP, quanto ao exercício da liberdade de expressão e de imprensa, são mais do que motivo para preocupação. Eu ouvi a crónica de Pedro Rosa Mendes sobre Angola (Antena 1) e conferi que era, de facto, duríssima. Na verdade, e apesar da despersonalização das acusações, são ali feitas denúncias susceptíveis de acção judicial por difamação. Acontece que este tipo de acusação ocorre todos os dias, na comunicação social portuguesa como nas outras, em relação a algum regime político estrangeiro (e/ou à sua oligarquia). Chama-se direito à indignação, chama-se alerta, chama-se intervenção política - chama-se uma série de coisas, muitas delas legítimas. Facto: o painel de cronistas de Estes Tempos, incluindo a também polémica Raquel Freire, foi destituído. Facto: a destituição foi promovida num instante e nuns moldes que justifica o debate em torno da palavra censura. E facto: o Conselho de Opinião da RTP, que nunca serviu para nada (quase sempre por falta de jurisdição, essa chatice), continuava, à hora em que escrevi este texto, sem se pronunciar. Se isto não são razões suficientes para preocupação, então não sei o que o será.

2 - No Big Brother brasileiro, um concorrente já tem em cima duas acusações de violação. No Big Brother argentino, dois outros planearam uma cena de sexo explícito para a hora do jantar. Espero que a Endemol, TVI e Teresa Guilherme estejam a tomar notas. É fundamental que a Casa dos Segredos, agora a caminho da terceira edição, continue a acompanhar as tendências internacionais. O casting será essencial. Chegou a vez dos marginais.

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