sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Angelita Pires: Companheira do ex-major Reinado é candidata presidencial em Timor-Leste



 
O objetivo de Angelita Pires é combater a "imensa injustiça" que diz existir no país e dar voz às mulheres e jovens timorenses.
 
Angelita Pires, a companheira de Alfredo Reinado, apresentou hoje a candidatura à Presidência de Timor-Leste com o fim declarado de combater as "várias formas de injustiça" existentes no país, e das quais ela própria se diz vítima.
 
Em declarações à Lusa por telefone, após a apresentação da candidatura num hotel de Díli, Angelita Pires sublinhou existir em Timor-Leste, além das "várias formas de injustiça", uma imensa discriminação entre a "maior parte da população, que é muito pobre, e meia dúzia de pessoas que são muito ricas".
 
A agora candidata r ecordou que ela própria foi vítima de injustiça ao ser alvo de "detenção ilegal" e acusada de ter instigado o ataque à residência presidencial a 11 de fevereiro de 2008, em que o Presidente Ramos-Horta ficou gravemente ferido e Alfredo Reinado, o ex-major e namorado de Angelita, acabou por morrer.
 
Angelita Pires, que veio a ser ilibada de todos os crimes pelo tribunal que julgou o caso, acredita que, entre as mulheres e os jovens timorenses, não só herdou a popularidade de Alfredo Reinado, "o que foi muito natural", como ganhou o respeito da mulher timorense.

"Eu fui vítima da imensa injustiça em Timor-Leste. Sou vítima, assim como todas as outras mulheres timorenses foram vítimas de uma forma ou outra: perderam maridos, filhos, irmãos, pais" e até hoje "não receberam o devido reconhecimento ou explicações sobre os motivos por que os perderam".

"Ao ganhar o processo de 11 de fevereiro, dei-lhes [às mulheres timorenses] coragem para começarem a fazer perguntas, serem mais ativas politicamente", acrescentou.

Mas a razão que levou Angelita Pires a regressar a Timor-Leste foi a libertação de Maurtinus Bere, acusado de crimes contra a humanidade por ter estado envolvido no massacre realizado por milícia pró-indonésia na Igreja de Suai contra civis timorenses, após o referendo de 1999 que conduziu o país à independência.

Recordando que se demitiu do cargo de segunda vice-presidente do Partido Unidade Nacional Democrata Resistência Timorense (Undertim), a candidata garantiu que regressará ao partido se perder as presidenciais e será deputada no Parlamento Nacional. "A questão é dar coragem à mulher timorense e reforçar a democracia", destacou.

Sobre os restantes candidatos, destacou como principais opositores o brigadeiro Taur Matan Ruak, "muito carismático e uma figura histórica", e Francisco Guterres Lu Olo, que é apoiado pela Fretilin.

Anunciaram já sua candidatura às presidenciais Taur Matan Ruak, ex-chefe das Forças Armadas, o presidente do parlamento Fernando Lassama de Araújo, apoiado pelo Partido Democrático (PD), Manuel Tilman, deputado, apoiado pelo partido KOTA (União dos Filhos Heróicos da Montanha), Francisco Guterres Lu Olo, apoiado pela Fretilin e o antigo ministro do Interior Rogério Lobato.

O Presidente Ramos-Horta ainda não anunciou a sua decisão.


AUDIO DA ANTENA 1, COM A CANDIDATA



3 comentários:

Anónimo disse...

É a lingua destes atrasados mentais que querem falar?? Portugal chegou a Timor e fez tratados, filhos, enfim andou por aqui, demarcando fronteiras, dando hoje oportunidade aos Timorenses para terem um país. Se não fossem os Bulak dos Portugueses terem chegado aqui á 500 anos, hoje Timor não seria um país independente.

Beijinhos da Querida Lucrécia


A primeira-ministra australiana, Julia Gillard, foi literalmente atacada por um grupo de manifestantes aborígenes, quinta-feira, durante uma cerimónia oficial realizada em Camberra.

Na origem dos protestos esteve o discurso proferido pelo líder da oposição, Tony Abbott, no âmbito das comemorações do Dia da Austrália. Ao afirmar que nos últimos 40 anos "muita coisa mudou para melhor" desde a criação da embaixada aborígene mas que esta pode vir a ser extinta, Abbott provocou a ira dos ativistas que resolveram manifestar o seu descontentamento, dirigindo-se ao restaurante onde Tony Abbott e Julia Gillard se encontravam.

A confusão foi grande, com a polícia a ter de formar uma barreira para garantir a segurança da primeira-ministra. Mesmo amparada pelos guarda-costas, Gillard não ganhou para o susto e teve dificuldades para abandonar o local, onde acabou por perder um sapato.

O Dia da Austrália comemora o aniversário da chegada dos primeiros colonos a Sydney, a 26 de janeiro de 1788, data que os aborígenes consideram como o Dia da Invasão pelo facto de os colonos não terem estabelecido um tratado com os nativos.

Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/primeira-ministra-australiana-atacada-por-aborigenes=f701667#ixzz1kh3s4frl

Anónimo disse...

"Sobre os restantes candidatos, destacou como principais opositores o brigadeiro Taur Matan Ruak, "muito carismático e uma figura histórica", e Francisco Guterres Lu Olo, que é apoiado pela Fretilin."

Nas eleições presidenciais de 2007, uma jornalista australiana escreveu num jornal diário Australia, descreveu o candidato José Ramos Horta como ‘the most popular candidate’. Ela descreve a pessoa do Francisco (Lú-Olo) Guterres como ‘an obscure candidate’. O que a jornalista não disse é a quem é que o JRH foi muito popular. Em todo o caso, o ‘mais popular’ foi derrotado na primeira ronda. Ela molha-se por excitação e escreve-se bagunças sem ter em conta os factos da resistência.

E aqui vê-se a mesma coisa da Lusa. Bem todos sabemos para qual lado a LUSA se inclina.

Anónimo disse...

"Recordando que se demitiu do cargo de segunda vice-presidente do Partido Unidade Nacional Democrata Resistência Timorense (Undertim), a candidata garantiu que regressará ao partido se perder as presidenciais e será deputada no Parlamento Nacional. "A questão é dar coragem à mulher timorense e reforçar a democracia", destacou."

Esta senhora esqueceu-se de que para ser deputada no Parlamento Nacional terá que ser eleita primeiro. Quando é que ela voi eleita? É preciso ter cabeça fria para não dizer coisas que nem deve dizer.

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