terça-feira, 10 de janeiro de 2012

BANCO DE PORTUGAL ADMITE MAIS IMPOSTOS E SUBIDA DE PREÇOS




O Boletim Económico prevê mais medidas para cumprir a meta de 4,5% para o défice de 2012

2012 será um dos anos mais duros para os portugueses, com uma onda de austeridade que afectará profundamente o rendimento das famílias. No entanto, os sacrifícios podem não ficar por aqui. O Banco de Portugal (BdP) admite que o Governo possa avançar com mais medidas de consolidação ainda este ano, bem como subidas de "preços administrados" em empresas do Sector Empresarial do Estado. Ou seja, saúde e transportes.

No Boletim Económico de Inverno, o BdP lembra que o défice orçamental de 2011 foi apenas atingido devido à transferência dos fundos de pensões da banca. "Como é sabido, medidas de caráter auto reversível como as adotadas implicam um aumento da despesa futura, o qual poderá obrigar à adoção de medidas de consolidação adicionais para assegurar o cumprimento dos atuais objetivos orçamentais", pode ler-se no documento. Ou seja, mais austeridade de forma a atingir um défice de 4,5% este ano.

Além disso, o BdP prevê também que os portugueses poderão ter de enfrentar novos aumentos no preço dos transportes públicos. "[...] não podem ser excluídos aumentos adicionais dos preços no consumidor condicionados por procedimentos de natureza administrativa, em particular num quadro de re-estruturação financeira de algumas empresas do setor empresarial do Estado", refere o Boletim.

Recorde-se que, em Agosto, o Executivo PSD/CDS-PP avançou com um aumento médio de 15% do preço dos transportes públicos. Com Nuno Aguiar

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