terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Portugal - CGTP: REUNIÃO COM O MUNISTRO FOI SÓ PARA "ILUDIR"



RL – Agência Financeira

Foi em cima da hora que a CGTP recebeu a chamada do ministro da Economia para uma reunião bilateral. Um encontro que terminou, no entanto, sem propostas concretas.

Críticas da Intersindical, que deixou o Ministério da Economia com a convicção de que só tinha sido convocada para iludir a opinião pública e sem qualquer avanço negocial.

«Na prática, o ministro só convocou a CGTP para passar a ideia para a opinião pública de que está a ouvir todos os parceiros sociais, incluindo a CGTP», disse à Lusa Arménio Carlos, da comissão executiva da Intersindical.

Segundo o sindicalista, não foram avançadas quaisquer ideias ou propostas para desbloquear o processo em curso na concertação social.

No entanto, Álvaro Santos Pereira manifestou a disponibilidade para «negociar o aumento da meia hora diária de trabalho desde que fossem apresentadas alternativas».

«Mas a CGTP não pode apresentar medidas alternativas para aquilo que considera ser uma redução da remuneração», disse Arménio Carlos acrescentando que o aumento extraordinário do horário de trabalho equivale a mais de um mês de trabalho gratuito.

Desde o início do ano que o Governo e alguns parceiros sociais, nomeadamente, CIP - Confederação da Industria de Portugal, CCP - Confederação do Comércio e Serviços de Portugal e UGT têm encetado reuniões bilaterais com o Governo com vista a alcançar um acordo tripartido, embora João Proença tenha reiterado esta manhã que relativamente à meia hora, «não há condições para qualquer tipo de acordo».

Entretanto, a CGTP, que abandonou a última reunião de concertação social em sinal de protesto, mas que salientou na altura não abandonar o processo negocial, criticou esta manhã o Governo pelo facto de não ter sido convocada para reuniões bilaterais.

Na sequência das críticas de Carvalho da Silva, à TSF, o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, convocou a Intersindical para um encontro bilateral esta tarde.

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