Thassio Borges – Opera Mundi
Autoridades estrangeiras suspeitam que a epidemia teria sido levada ao país por militares do Nepal
Números divulgados pela Organização Pan-Americana da Saúde revelam que mais de 7 mil pessoas já morreram no Haiti infectadas pela cólera. Ainda de acordo com a Organização, cerca de 520 mil haitianos já foram infectados pela doença.
“É uma das piores epidemias de cólera da história moderna”, afirmou Jon Andrus, diretor adjunto da Organização.
Segundo Andrus, o país notifica 200 novos casos da doença todos os dias e a situação apenas se agrava por conta do período de chuvas que o Haiti enfrenta neste momento.
As autoridades estrangeiras suspeitam que a epidemia da doença, que começou em outubro de 2010, teria sido levada ao país por militares do Nepal que atuam na região com as forças de paz.
A principal evidência de que essa seria a causa da epidemia são as características da doença que, segundo as autoridades, possuem semelhanças com aquelas vistas no Nepal.
Por conta da suspeita, as famílias das vítimas no país exigem uma indenização da ONU (Organização das Nações Unidas) no valor de 100 mil dólares por pessoa morta pela doença e 50 mil por cada infectado. A ONU, no entanto, ainda não se posicionou sobre o assunto.
A cólera é uma doença transmitida por uma bactéria que se multiplica no intestino infectado e causa fortes diarreias. A enfermidade atinge apenas os seres humanos e a contaminação acontece por conta dos dejetos fecais dos doentes, que acabam contaminando a água posteriormente ingerida.
Uma das principais dificuldades das autoridades em combater a epidemia ocorre por conta da falta de estrutura do país, destruída após o terremoto de janeiro de 2010.
Milhares de casas foram destruídas, levando grande parte da população a estabelecer-se em campos para desabrigados, no meio das cidades. Os locais, no entanto, não possuem água tratada ou saneamento básico, em sua maioria.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa, e da Agência Brasil
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