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O Ministério do Trabalho e Emprego do Brasil atualizou o cadastro conhecido como "lista suja", com a inclusão de 52 novas empresas apanhadas a utilizar mão-de-obra em condições análogas à escravidão.
Com o aumento, a lista, que inclui pessoas físicas e jurídicas, passou a contemplar 294 nomes, o maior número já contabilizado desde sua criação, em 2004.
"Nunca tivemos tantos empregadores irregulares ao mesmo tempo", ressaltou o chefe da Divisão de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo do Ministério, Alexandre Rodrigo Lyra, em um comunicado.
Os empregadores que integram a "lista suja" do Ministério são impedidos de obter crédito junto dos bancos oficiais e também entraram para a lista da "cadeia produtiva do trabalho escravo no Brasil".
O Governo brasileiro considera como trabalho "análogo à escravidão" as atividades desempenhadas em condições degradantes, sob o ponto de vista sanitário e de alimentação, e as tarefas cuja remuneração está abaixo do salário mínimo, atualmente em 622 reais (cerca de 260 euros).
Todas as indústrias, representantes de pequenas e médias empresas e exportadores têm acesso à listagem, com o objetivo de tentar coibir a comercialização dos produtos feitos a partir do trabalho ilegal.
Numa nota, o Ministério reforçou o compromisso em combater este tipo de atividade no país.
De acordo com a pasta, apenas dois nomes foram retirados do último cadastro, divulgado há seis meses.
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