RTP
A Nova Zelândia vai enviar mais tropas para Timor-Leste antes das eleições presidenciais e legislativas previstas para este ano, segundo noticia hoje a cadeia australiana ABC.
A primeira-ministra da Nova Zelândia, Helen Clark, adiantou que o número de soldados neozelandeses em Timor-Leste subirá, com este aumento, para cerca de duas centenas (180 elementos das forças armadas e 25 polícias) e que o contingente que já se encontra em Timor-Leste passará a ser chefiado por um oficial mais graduado.
Disse ainda que vão também seguir para o território dois helicópteros militares Iroquois e 32 equipas de ar e terra para transporte adicional de apoio às operações das Nações Unidas. A governante justificou este reforço militar com a eleição presidencial que se aproxima, uma altura, sublinhou, potencialmente instável em Timor-Leste.
A força de estabilização internacional (ISF, na sigla em inglês) que se encontra em Timor-Leste é liderada pela Austrália e integra pessoal do Exército, da Força Aérea e da Marinha da Austrália e da Nova Zelândia.
Segundo a página oficial do Ministério da Defesa australiano, a ISF integra atualmente 460 elementos, 380 dos quais das forças armadas australianas, o que quer dizer que a Nova Zelândia se propõe a mais do que duplicar o número de tropas que atualmente estão mobilizados (80).
A ISF está em Timor-Leste desde 2006, a pedido do Governo timorense, para manter a estabilidade e garantir a segurança, e apoiar a missão das Nações Unidas no território, mas nem sempre as relações entre as forças internacionais e as autoridades locais têm sido pacíficas.
Em abril, o Presidente timorense, José Ramos-Horta, disse que a recomendação do instituto australiano para a política estratégica (ASPI), num relatório, no sentido de uma permanência militar internacional em Timor-Leste até 2020, "não corresponde aos desejos de Timor-Leste". O primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, afirmou também que o objetivo é que a ISF termine a sua presença ainda este ano.
No seguimento destas declarações, o ministro da Defesa australiano, Stephen Smith, remeteu a avaliação de uma retirada das tropas de Timor-Leste para depois das eleições e em acordo com o Governo de Díli.
Recentemente, o Ministério da Defesa australiano anunciou uma reestruturação das Forças Armadas, o Plano Beersheba, que mantém o foco nas operações militares de estabilização em Timor-Leste e nas ilhas Salomão.
O mandato da Missão das Nações Unidas em Timor-Leste (UNMIT), que integra 140 militares da portuguesa Guarda Nacional Republicana, vigora até final de 2012.
Em declarações à agência Lusa, o porta-voz da GNR, tenente-coronel Costa Lima, disse que "não é expectável que haja alteração quantitativa ao contingente presente em Timor-Leste até ao final da missão da ONU".
1 comentário:
Está notícia foi originalmente publicada pela Lusa, " HAJAM DEUSES" mas... Está INCORRETA! O primeiro-ministro da Nova Zelândia é o John Key e não Helen Clark!A senhora Clark foi de facto PM da Nova Zelândia, mas o seu mandato terminou em 2008.
Eu acho que os chefes de redação da Lusa também estão de férias, não só os jornalistas, porque os despachos antes de serem postos na linha, são sempre editados pelos chefes! Fala quem sabe...
Lisa
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