segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Portugal: CGTP lamenta "publicidade enganosa" e fala em "diálogo de surdos"



Jornal de Notícias

O secretário-geral da CGTP, Manuel Carvalho da Silva, lamentou, esta segunda-feira, a "publicidade enganosa" em torno das questões que estão a ser discutidas na concertação social e disse que "há um diálogo de surdos".

À chegada para a reunião desta segunda-feira, o líder da CGTP afirmou que "se estão a propagandear coisas pontuais" e apontou, nomeadamente, o "conjunto espantoso de disparates que se dizem sobre as pontes", lembrando que "os patrões sempre usaram dias de férias para fazer pontes".

"Parece que se descobriu a pólvora", exclamou o dirigente da Intersindical, aludindo à proposta do Governo enviada no sábado aos parceiros sociais que propõe ao empregador encerrar em dias de pontes e descontando-as nas férias.

Questionado sobre se ainda acredita que se possa alcançar hoje um acordo, Carvalho da Silva frisou que não é "absolutista", mas acrescentou que "o Governo não quer negociar".

O sindicalista disse, ainda, que não têm havido reuniões bilaterais com a CGTP e adiantou que na semana passada "houve apenas uma reunião com o Governo que foi "um diálogo de surdos".

António Saraiva, presidente da CIP, e João Proença, líder da UGT, foram dos primeiros a chegar ao encontro agendado para as 10 horas.

Também o secretário-geral da Confederação da Agricultura (CAP), Luís Mira, Assunção Cristas, ministra da Agricultura e Pedro Mota Soares, ministro da Solidariedade e Segurança Social, chegaram cedo ao local do encontro.

O secretário-geral da CGTP, Manuel Carvalho da Silva, foi quase o último dos parceiros a chegar e pelas 10.30 horas chegou o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, que não falou quis prestar declarações aos jornalistas.

Já o presidente da CCP - Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, João Viera Lopes, chegou em último e disse aos jornalistas que "nos últimos dias tem sido feito um esforço significativo pelos parceiros" e que as propostas que estão em cima da mesa "são importantes para o relançamento do país".

Questionado se esta será a reunião decisiva, Vieira Lopes admitiu não saber, mas espera "que fiquem delineados os aspectos básicos".

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