Líder do PS questiona Governo sobre número de dirigentes reconduzidos e acusa Passos de estar de «braços caídos» perante o desemprego. Primeiro-ministro garante que «todos os mandatos serão terminados» por concurso público
O Governo está de «braços cruzados» no que diz respeito ao desemprego mas de «mangas arregaçadas» nas nomeações partidárias. O tema foi levado ao Parlamento pelo líder do Partido Socialista, que acusa Passos Coelho de ter mudado: «Dizia, no primeiro semestre do ano passado, que não queria ser eleito para dar emprego aos empregos. Ora, os factos e as nomeações falam por si».
O debate quinzenal, desta sexta-feira, começou com uma intervenção do primeiro-ministro sobre o acordo de concertação social, alcançado esta semana, mas rapidamente saltou para a taxa de desemprego, e daí para as nomeações partidárias.
«A agência Lusa - citando fontes do Governo - escreve que das 1193 nomeações mais de 1000 foram reconduzidas. Na nossa ordem jurídica, nomeações ou reconduções, obrigam a despacho. Quero que diga se estes números são verdade; e se sim, onde estão os despachos».
Passos Coelho, na resposta, garantiu o «Executivo reconduziu um número muito elevado de dirigentes, que já vinham exercendo o seu mandato. Nas novas escolhas, nunca o critério partidário foi tomado em conta para as nomeações».
A prová-lo, o chefe do Governo sublinhou a importância da nova lei que altera a selecção dos dirigentes da Função Pública. «Está em vigor e vai aplicar-se a todos os que foram reconduzidos e nomeados: todos verão os seus mandatos terminados por concurso público, realizado por uma entidade independente», que estará concluída no final do mês.
Seguro, na réplica, aponta com ironia: «Ficamos a saber que, segundo as suas palavras vai haver um concurso público [no caso das nomeações das Águas de Portugal] e estão questão ficará resolvida». E deixa o aviso: «Uma das coisas que mais mina a confiança das pessoas é dizer uma coisa na campanha eleitoral e fazer outra quando se chega ao Governo. O senhor prometeu que não ia fazer nomeações partidárias - prometeu e não cumpriu».
Também Francisco Louçã interpelou o primeiro-ministro sobre esta matéria, acusando o Governo de ter uma «loja de emprego».
O debate quinzenal, desta sexta-feira, começou com uma intervenção do primeiro-ministro sobre o acordo de concertação social, alcançado esta semana, mas rapidamente saltou para a taxa de desemprego, e daí para as nomeações partidárias.
«A agência Lusa - citando fontes do Governo - escreve que das 1193 nomeações mais de 1000 foram reconduzidas. Na nossa ordem jurídica, nomeações ou reconduções, obrigam a despacho. Quero que diga se estes números são verdade; e se sim, onde estão os despachos».
Passos Coelho, na resposta, garantiu o «Executivo reconduziu um número muito elevado de dirigentes, que já vinham exercendo o seu mandato. Nas novas escolhas, nunca o critério partidário foi tomado em conta para as nomeações».
A prová-lo, o chefe do Governo sublinhou a importância da nova lei que altera a selecção dos dirigentes da Função Pública. «Está em vigor e vai aplicar-se a todos os que foram reconduzidos e nomeados: todos verão os seus mandatos terminados por concurso público, realizado por uma entidade independente», que estará concluída no final do mês.
Seguro, na réplica, aponta com ironia: «Ficamos a saber que, segundo as suas palavras vai haver um concurso público [no caso das nomeações das Águas de Portugal] e estão questão ficará resolvida». E deixa o aviso: «Uma das coisas que mais mina a confiança das pessoas é dizer uma coisa na campanha eleitoral e fazer outra quando se chega ao Governo. O senhor prometeu que não ia fazer nomeações partidárias - prometeu e não cumpriu».
Também Francisco Louçã interpelou o primeiro-ministro sobre esta matéria, acusando o Governo de ter uma «loja de emprego».
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