No âmbito da Cooperação de formação técnica-militar com os PALOP e Timor Leste, Portugal acolhe 120 bolseiros e Ministro da Defesa considera que esta é uma cooperação essencial para a confiança entre os países.
Oriundos dos vários países africanos de língua oficial portuguesa (PALOP) e ainda de Timor Leste, estes jovens são estudantes bolseiros em Portugal, no âmbito da cooperação de formação técnica-militar.
No início de um novo ano, José Pedro Aguiar Branco, Ministro da Defesa Nacional, quis não só dar-lhe as boas vindas, como cumprimentá-los individualmente. Também Luis Brites, Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação esteve presente na receção aos bolseiros dos países de língua portuguesa.
Para o Ministro da Defesa a atribuição de bolsas para formação técnica-militar de jovens, insere-se na ação da cooperação que Portugal mantém com os PALOP e com Timor-Leste.
José Pedro Aguiar Branco explica que: «a importância é enorme porque estamos a investir na confiança, nas pessoas, no fator humano e todo o investimento que possamos fazer no fator humano é muito importante para aquilo que é o clima de confiança que é necessário ter entre Portugal e os países de expressão portuguesa. E, portanto, esta cooperação técnico-militar que já há muitos anos tem sido uma linha prioritária e estratégica em Portugal manteve-se também neste Governo, mesmo numa época de austeridade em que nós podemos acomodar no Orçamento uma verba significativa, até superior à do ano passado».
Com uma verba de 6 milhões de euros, em 2012 Portugal reforça a cooperação na formação de quadros especializados nas Forças Armadas dos PALOP e de Timor-Leste.
Mas, o que leva estes jovens a escolherem uma carreira militar e a formarem-se em Portugal?
Carlos Espirito Santo Pereira, estudante de Angola na Academia Militar explica que: «o meu pai foi militar e na altura achou conveniente eu vir fazer uma formação melhor do que a que teria em Luanda. Houve a oportunidade de vir para os Pupilos, então vim. Aproveitei a oportunidade desde o 5º ano. Depois para vir para a Academia Militar era dar continuidade à carreira militar que era o que eu queria seguir».
Nelson Rodrigues Forges, estudante cabo-verdiano na Escola Naval da Base do Alfeite, explica que: «para nós a situação dos PALOP é uma situação em que não escolhemos o curso, quando chegamos cá são as bolsas atribuídos a Cabo Verde e é nessa altura que nos dão o nosso destino, por exemplo, uns vão para a Força Aérea, outros para a Academia Militar, outros para a Marinha. No meu caso fui para a Marinha e estou a tentar adquirir todos os conhecimentos para que um dia possa ajudar Cabo Verde a desenvolver-se ao nível da Marinha».
Núria Seita, estudante são-tomense na Escola Naval da Marinha, refere que: «como tenho familiares militares a minha vida toda tenho tido contacto com militares e, por isso, sempre quis seguir a área militar. Porém, escolhi a Marinha pelo fascínio pelo mar e pela oportunidade de conhecer vários países».
Já Osvaldo Djú, um dos primeiros estudantes guineenses na GNR Infantaria, explica que: «Eu cheguei cá a mando do nosso Ministro do Interior, no âmbito da Cooperação com Portugal, a convite para fazer a GNR Infantaria».
Ernesto Pedro Rungo, estudante moçambicano na Escola Naval da Marinha explica que: «o meu principal motivo tem a ver com questões económicas. Por vir para Portugal não tenho de pagar nada, antes pelo contrário é uma bolsa de estudo e tenho a oportunidade de me formar num país que já tem muitos anos de experiência e é num curso que na altura que eu vim para cá não existia em Moçambique. É uma oportunidade única, tinha tudo para querer vir».
Melkiades Laot, estudante timorense na Academia Militar refere que: «decidi porque a Academia Militar é uma Academia que para mim é muito interessante, uma Academia que para mim garantia o futuro. É importante na carreira militar. Antes eu já estava formado na área de Direito, mas quando entrei nas Forças Armadas de Timor, FDTL, queria fazer um teste de admissão para entrar na Academia Militar. O meu objetivo era aprofundar o meu conhecimento na área militar».
No âmbito da cooperação técnico-militar os alunos bolseiros frequentam cursos técnicos, licenciaturas ou mestrados nas escolas e academias dos Forças Armadas, em Portugal.
Os jovens estudantes militares consideram que opção de vir estudar em Portugal lhes dá novas perspetivas profissionais, diferentes das que teriam nos países de origem.
O cabo-verdiano, Nelson Rodrigues Forges refere que: «antes de vir para Portugal já estava engrenado nas Forças Armadas de Cabo Verde com o posto de segundo Cabo. Ainda não tinha um pensamento do que queria ser, mas talvez surgir-se de seguida algumas oportunidades que as nossas Forças oferecem aos jovens em Cabo Verde. Porque também tem vindo a desenvolver várias áreas para que os jovens tenham algo para se ocuparem no futuro».
O angolano, Carlos Espirito Santo Pereira explica que: «supostamente já teria terminado os estudos, porque quando vim para cá tive de recuar dois anos e estaria a trabalhar provavelmente. Não sei se teria saído de Luanda para outro sítio, não sei».
O moçambicano, Ernesto Pedro Rungo explica que: «provavelmente teria seguido por um outro curso, dado que não existia o curso no caso da Marinha em Moçambique. Teria ido para a área Civil provavelmente ou para a contabilidade».
Núria Seita refere que: «em São Tomé não estaria a fazer nada. Porque antes de ter entrado na Escola Naval estive a fazer um curso de engenharia na área das energias renováveis».
Já o timorense, Melkiades Laot, explica que: «eu era militar e trabalhava na secção de justiça das Forças Armadas de Timor Leste, era Oficial de Justiça».
Para estes jovens, a formação técnico-militar que estão a receber em Portugal é importante para o reforço das forças armadas dos respetivos países de origem.
Para Carlos Espirito Santo Pereira «o nosso Exército está numa fase de reestruturação, depois da Guerra que tivemos, precisamos de quadros e de personalizar o exército. Por isso, eu acho que essa é a maior valia que nós que estamos cá a estudar iremos dar às nossas Forças Armadas».
Já Ernesto Pedro Rungo, explica que: «Moçambique está a tentar formar mais dentro do próprio território, abrimos recentemente a nossa Escola Naval e já começamos a formar quadros da classe de Marinha e de outras áreas. Isto tudo com a ajuda de Portugal como é óbvio. E a mais valia é permitindo que pessoal que vem de fora, sendo moçambicanos possamos também dar continuidade à formação e paulatinamente vamos diminuindo a dependência que temos por Portugal relativamente aos quadros que formamos».
Para Núria Seita, «além de fortalecer os quadros são-tomenses penso que fortalece mais a relação entre Portugal e São Tomé e cria uma maior confiança e contribui muito para o desenvolvimento, visto que tendo quadros qualificados há uma maior gestão da Marinha neste caso, ou das Forças do Exército».
Osvaldo Djú acredita que: «é muito importante porque aprendemos muitas coisas diferentes. Porque aqui aprendemos a forma como devemos lidar com os nossos próximos ou com a sociedade civil e também a maneira de estar entre nós e espírito de camaradagem e espírito de corpo entre os camaradas da GNR. E é isso que falta muito na Guiné, porque não há espírito de camaradagem e trabalho em conjunto. E sobre isso também aprendi muitas coisas aqui».
Melkiades Laot explia que em Timor: «temos instrução nas Forças Armadas mas neste momento falta muito na área dos recursos humanos e, por isso, precisamos de uma formação de alto nível para os nossos militares, para que tenham mais conhecimento na área militar».
Portugal tem vindo a investir ao longo dos vários anos na cooperação técnico-militar, reforçando os laços com os países de língua portuguesa.
O Ministro da Defesa explica que: «ao longo destes anos a cooperação técnica-militar, 3775 assessores militares portugueses passaram pelos países da Cooperação Técnica-militar, 6148 alunos formados em Portugal, 26 mil militares formados por assessores portugueses nos países de origem. São números que impressionam, mas são números que sobretudo marcam o investimento inestimável no capital humano que tem contribuído, tenho a certeza, para que as relações bilaterais, a cooperação, e tudo aquilo que se tem desenvolvido entre Portugal e esses países esteja cada vez mais a atingir os patamares de transparência, de confiança e daquilo que é fundamental para uma boa relação».
A cooperação técnico-militar continua a ser para o Governo uma prioridade para o reforço da confiança entre os povos e para uma base de boa gestão e partilha de recursos entre os países.
No início de um novo ano, José Pedro Aguiar Branco, Ministro da Defesa Nacional, quis não só dar-lhe as boas vindas, como cumprimentá-los individualmente. Também Luis Brites, Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação esteve presente na receção aos bolseiros dos países de língua portuguesa.
Para o Ministro da Defesa a atribuição de bolsas para formação técnica-militar de jovens, insere-se na ação da cooperação que Portugal mantém com os PALOP e com Timor-Leste.
José Pedro Aguiar Branco explica que: «a importância é enorme porque estamos a investir na confiança, nas pessoas, no fator humano e todo o investimento que possamos fazer no fator humano é muito importante para aquilo que é o clima de confiança que é necessário ter entre Portugal e os países de expressão portuguesa. E, portanto, esta cooperação técnico-militar que já há muitos anos tem sido uma linha prioritária e estratégica em Portugal manteve-se também neste Governo, mesmo numa época de austeridade em que nós podemos acomodar no Orçamento uma verba significativa, até superior à do ano passado».
Com uma verba de 6 milhões de euros, em 2012 Portugal reforça a cooperação na formação de quadros especializados nas Forças Armadas dos PALOP e de Timor-Leste.
Mas, o que leva estes jovens a escolherem uma carreira militar e a formarem-se em Portugal?
Carlos Espirito Santo Pereira, estudante de Angola na Academia Militar explica que: «o meu pai foi militar e na altura achou conveniente eu vir fazer uma formação melhor do que a que teria em Luanda. Houve a oportunidade de vir para os Pupilos, então vim. Aproveitei a oportunidade desde o 5º ano. Depois para vir para a Academia Militar era dar continuidade à carreira militar que era o que eu queria seguir».
Nelson Rodrigues Forges, estudante cabo-verdiano na Escola Naval da Base do Alfeite, explica que: «para nós a situação dos PALOP é uma situação em que não escolhemos o curso, quando chegamos cá são as bolsas atribuídos a Cabo Verde e é nessa altura que nos dão o nosso destino, por exemplo, uns vão para a Força Aérea, outros para a Academia Militar, outros para a Marinha. No meu caso fui para a Marinha e estou a tentar adquirir todos os conhecimentos para que um dia possa ajudar Cabo Verde a desenvolver-se ao nível da Marinha».
Núria Seita, estudante são-tomense na Escola Naval da Marinha, refere que: «como tenho familiares militares a minha vida toda tenho tido contacto com militares e, por isso, sempre quis seguir a área militar. Porém, escolhi a Marinha pelo fascínio pelo mar e pela oportunidade de conhecer vários países».
Já Osvaldo Djú, um dos primeiros estudantes guineenses na GNR Infantaria, explica que: «Eu cheguei cá a mando do nosso Ministro do Interior, no âmbito da Cooperação com Portugal, a convite para fazer a GNR Infantaria».
Ernesto Pedro Rungo, estudante moçambicano na Escola Naval da Marinha explica que: «o meu principal motivo tem a ver com questões económicas. Por vir para Portugal não tenho de pagar nada, antes pelo contrário é uma bolsa de estudo e tenho a oportunidade de me formar num país que já tem muitos anos de experiência e é num curso que na altura que eu vim para cá não existia em Moçambique. É uma oportunidade única, tinha tudo para querer vir».
Melkiades Laot, estudante timorense na Academia Militar refere que: «decidi porque a Academia Militar é uma Academia que para mim é muito interessante, uma Academia que para mim garantia o futuro. É importante na carreira militar. Antes eu já estava formado na área de Direito, mas quando entrei nas Forças Armadas de Timor, FDTL, queria fazer um teste de admissão para entrar na Academia Militar. O meu objetivo era aprofundar o meu conhecimento na área militar».
No âmbito da cooperação técnico-militar os alunos bolseiros frequentam cursos técnicos, licenciaturas ou mestrados nas escolas e academias dos Forças Armadas, em Portugal.
Os jovens estudantes militares consideram que opção de vir estudar em Portugal lhes dá novas perspetivas profissionais, diferentes das que teriam nos países de origem.
O cabo-verdiano, Nelson Rodrigues Forges refere que: «antes de vir para Portugal já estava engrenado nas Forças Armadas de Cabo Verde com o posto de segundo Cabo. Ainda não tinha um pensamento do que queria ser, mas talvez surgir-se de seguida algumas oportunidades que as nossas Forças oferecem aos jovens em Cabo Verde. Porque também tem vindo a desenvolver várias áreas para que os jovens tenham algo para se ocuparem no futuro».
O angolano, Carlos Espirito Santo Pereira explica que: «supostamente já teria terminado os estudos, porque quando vim para cá tive de recuar dois anos e estaria a trabalhar provavelmente. Não sei se teria saído de Luanda para outro sítio, não sei».
O moçambicano, Ernesto Pedro Rungo explica que: «provavelmente teria seguido por um outro curso, dado que não existia o curso no caso da Marinha em Moçambique. Teria ido para a área Civil provavelmente ou para a contabilidade».
Núria Seita refere que: «em São Tomé não estaria a fazer nada. Porque antes de ter entrado na Escola Naval estive a fazer um curso de engenharia na área das energias renováveis».
Já o timorense, Melkiades Laot, explica que: «eu era militar e trabalhava na secção de justiça das Forças Armadas de Timor Leste, era Oficial de Justiça».
Para estes jovens, a formação técnico-militar que estão a receber em Portugal é importante para o reforço das forças armadas dos respetivos países de origem.
Para Carlos Espirito Santo Pereira «o nosso Exército está numa fase de reestruturação, depois da Guerra que tivemos, precisamos de quadros e de personalizar o exército. Por isso, eu acho que essa é a maior valia que nós que estamos cá a estudar iremos dar às nossas Forças Armadas».
Já Ernesto Pedro Rungo, explica que: «Moçambique está a tentar formar mais dentro do próprio território, abrimos recentemente a nossa Escola Naval e já começamos a formar quadros da classe de Marinha e de outras áreas. Isto tudo com a ajuda de Portugal como é óbvio. E a mais valia é permitindo que pessoal que vem de fora, sendo moçambicanos possamos também dar continuidade à formação e paulatinamente vamos diminuindo a dependência que temos por Portugal relativamente aos quadros que formamos».
Para Núria Seita, «além de fortalecer os quadros são-tomenses penso que fortalece mais a relação entre Portugal e São Tomé e cria uma maior confiança e contribui muito para o desenvolvimento, visto que tendo quadros qualificados há uma maior gestão da Marinha neste caso, ou das Forças do Exército».
Osvaldo Djú acredita que: «é muito importante porque aprendemos muitas coisas diferentes. Porque aqui aprendemos a forma como devemos lidar com os nossos próximos ou com a sociedade civil e também a maneira de estar entre nós e espírito de camaradagem e espírito de corpo entre os camaradas da GNR. E é isso que falta muito na Guiné, porque não há espírito de camaradagem e trabalho em conjunto. E sobre isso também aprendi muitas coisas aqui».
Melkiades Laot explia que em Timor: «temos instrução nas Forças Armadas mas neste momento falta muito na área dos recursos humanos e, por isso, precisamos de uma formação de alto nível para os nossos militares, para que tenham mais conhecimento na área militar».
Portugal tem vindo a investir ao longo dos vários anos na cooperação técnico-militar, reforçando os laços com os países de língua portuguesa.
O Ministro da Defesa explica que: «ao longo destes anos a cooperação técnica-militar, 3775 assessores militares portugueses passaram pelos países da Cooperação Técnica-militar, 6148 alunos formados em Portugal, 26 mil militares formados por assessores portugueses nos países de origem. São números que impressionam, mas são números que sobretudo marcam o investimento inestimável no capital humano que tem contribuído, tenho a certeza, para que as relações bilaterais, a cooperação, e tudo aquilo que se tem desenvolvido entre Portugal e esses países esteja cada vez mais a atingir os patamares de transparência, de confiança e daquilo que é fundamental para uma boa relação».
A cooperação técnico-militar continua a ser para o Governo uma prioridade para o reforço da confiança entre os povos e para uma base de boa gestão e partilha de recursos entre os países.
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