O líder do PS, António José Seguro declarou-se hoje "muito surpreendido" com os nomes adiantados para o Conselho de Supervisão da EDP considerando que são uma "demonstração" da "apropriação por parte das clientelas dos partidos do Governo " de cargos públicos, avança à Lusa.
"Considero que isto é mais uma demonstração daquilo que é a apropriação por parte das clientelas dos partidos do governo em relação a áreas importantes da nossa economia, onde o Estado ainda tem participação mas também do próprio aparelho do Estado", afirmou o líder socialista.
Eduardo Catroga, Celeste Cardona, Paulo Teixeira Pinto, Rocha Vieira, Braga de Macedo e Ilídio Pinho são alguns dos nomes propostos à Assembleia Geral de Accionistas para integrar o Conselho de Supervisão da EDP, e todos eles têm ligações ao Governo PSD/PP, tal como foi avançado hoje pelo Dinheiro Vivo e pelo Diário de Notícias.
Para Seguro, que falava à margem de uma visita ao presépio vivo de Priscos, em Braga, as nomeações propostas para a EDP demonstram "mais uma promessa" de Pedro Passos Coelho que "não está a ser cumprida", referindo-se à promessa feita durante a campanha eleitoral de "por um travão" a este tipo de nomeações.
O líder do PS afirmou ter ficado "muito surpreendido" com as escolhas para ocupar o conselho de Supervisão da EDP e disse que é "evidente" a "identificação" dos nomes vindos a público com os "dois partidos do Governo".
Para o secretário-geral do PS "houve um processo de privatização da EDP que aparentemente está associado a um processo de contrapartidas que passa pela governamentalização e partidarização deste conselho da EDP" e isto é "é um mau sinal".
O secretário-geral socialista afirmou ainda que "é necessário pôr um travão" neste tipo de "situação" e "sobretudo olhar para o sinal que se dá aos portugueses com indicações e nomeações desta natureza".
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