segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

SEM RAMOS HORTA E XANANA GUSMÃO “O PAÍS TREMIA”- bispo de Baucau


MSE - Lusa

Díli, 30 jan (Lusa) - Sem Ramos-Horta e Xanana Gusmão, Timor-Leste "tremia um bocado", porque não há figuras de consenso ou de substituição, defendeu à Lusa o bispo de Baucau, Basílio Nascimento, destacando, por outro lado, a falta de capacidade de ambos para liderar o país.

"Se porventura acontecesse uma desgraça a ambos, o país tremia um bocado, porque neste momento não há uma figura de substituição, que seja de consenso, que seja respeitada pelo país", afirmou Basílio Nascimento à agência Lusa.

Por outro lado, o bispo de Baucau disse também que nem um nem outro -- " o Ramos-Horta um bocado" - têm preparação para levar Timor-Leste "como um país".

"Uma coisa é a liderança de líderes históricos, outra coisa é a administração de um país, penso que aí é o que nos falta", disse, estabelecendo uma relação com a preparação das pessoas.

"Não houve tempo para as pessoas se prepararem, se consciencializarem, cada um foi deitando para a arena política aquilo que cada um julgava que a política era", afirmou.

"Apesar de tudo, há coisas que andam, mais mal que bem, o parlamento funciona, o Governo tropeça muito, mas também vai andando, vai fazendo alguma coisa", mas, prosseguiu, "simplesmente 10 anos depois, as pessoas pensam que já é tempo de ter alguma coisa mais clarificada".

Em relação às eleições presidenciais de 17 de março, o bispo de Baucau afirmou que, se Ramos-Horta não se recandidatar, "a população não se sentirá tranquila".

Segundo o bispo de Baucau, todos os candidatos "têm folha limpa, têm nome", mas ao nível da maturidade e do bom senso que o povo exige "ainda não há fora dele, do Ramos-Horta, quem o assegure".

"Claro que os outros políticos não gostarão de ouvir isto", admite Basílio Nascimento.

Já sobre Xanana Gusmão, "ele impõem-se mais, não como primeiro-ministro, mas como uma figura de referência, uma figura que inspira uma certa confiança", salientou.

O bispo de Baucau disse também esperar eleições tranquilas porque a necessidade de paz é "uma coisa muito profunda".

"Pode ser que eu me engane, mas neste momento a consciência do país em relação à necessidade de paz é uma coisa muito profunda e isto dá-me esperança e confiança de que, talvez ao nível de palavras haverá a feira política, como sempre, mas julgo que no consciente coletivo do país e dos cidadãos há esta recomendação aos políticos para além desta fronteira que não se pode passar", concluiu.

6 comentários:

Anónimo disse...

Como e o senhor Ramos Horta ainda nao aprezenta uma rezignasaun do kargo de Prezidente, agora ja esta anunsia que ele candidata para Prezidente para 2012. Agora ele ainda esta como Prezidente 2007. Depois a ekipa dele vai pendura os panos com foto do senhor ali em todos lados de Dili. O tempo para kampanhe ainda nao chegou. Qual e a lei que cobre este assuntu. Ele tenkeser aprezena esta lei para nos o povu vai saber.

Anónimo disse...

Sr. Bispo de Baucau,

Deus o oiça, para que o povo de Timor não passe mais pelas vergonhas de 2006.

Beijinhos da Querida Lucrécia

Anónimo disse...

Sr. Bispo de Baucau,

Deus o oiça, para que o povo de Timor não passe mais pelas vergonhas de 2006.

Beijinhos da Querida Lucrécia

Anónimo disse...

Em Timor-Leste mão há fronteira entre a Igreja e a política? Entre o poder religioso e o poder político? Afinal, os religiosos também tremiam muito porque eles pensam que sem Xanana e RH a igreja vai perder o subsídio.

Anónimo disse...

Então, os outros políticos históricos não valem nada! Só Horta? Só Xanana? Hau la fiar no mos hau hanoin katak bispo hakarak subsidio husi Horta!

Anónimo disse...

Você ainda não se demitiu, Sr. Ramos Horta! Por que você não cumpri a lei como todos os outros! Que vergonha!

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