FP - Lusa
Bissau, 28 fev (Lusa) -- A Guiné-Bissau vai beneficiar de 1.500 toneladas do apoio alimentar doado no fim do ano passado pelo Brasil a países com maiores carências, assegurou hoje em Bissau o representante do Programa Alimentar Mundial (PAM), Pedro Figueiredo.
O Brasil anunciou no final do ano passado uma doação de 700.000 toneladas de alimentos, arroz, feijão e óleo vegetal. Além da Guiné-Bissau, S. Tomé e Príncipe, Moçambique e Timor-Leste são outros países lusófonos a beneficiar da ajuda.
Pedro Figueiredo falava no Centro Cultural Brasil-Guiné-Bissau, para apresentar os resultados de uma missão guineense ao Brasil, essencialmente para conhecer o Programa Nacional de Alimentação Escolar, que distribui diariamente alimentos a 47 milhões de estudantes, de acordo com o embaixador do Brasil, Jorge Kadri.
Na Guiné-Bissau a alimentação escolar é fornecida nomeadamente pelo PAM, junto de 120.000 crianças, mas o organismo já anunciou que no futuro irá gradualmente deixar de prestar essa ajuda.
O secretário de Estado do Ensino, Besna Na Fonta, que chefiou a delegação que esteve este mês no Brasil, disse que o objetivo é o de que o programa passe para a gestão do governo da Guiné-Bissau, envolvendo nele vários Ministérios, como já acontece no Brasil.
O programa das cantinas escolares, disse o responsável, tem de no futuro ter uma maior verba no Orçamento Geral do Estado. Ainda neste semestre, afirmou também, a Guiné-Bissau deve ser visitada por uma missão brasileira, do Centro de Excelência do PAM Contra a Fome, de Brasília (criado para capacitar países a reduzir a fome).
"O Programa das Cantinas Escolares é muito importante. Em anos letivos anteriores havia inscrições [de alunos nas escolas], mas iam-se registando desistências", disse Besna Na Fonta, explicando que através da alimentação não só aumenta o número de alunos que vão à escola, como diminuem as desistências.
O Brasil tem colaborado com a Guiné-Bissau na implementação de um programa de cantinas escolares. A missão guineense foi patrocinada pela Agência Brasileira para a Cooperação.
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