sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Guiné-Bissau: Último ato de Carlos Gomes Júnior como PM é ir a Portugal agradecer apoio



FP - Lusa

Bissau, 10 fev (Lusa) - O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, viaja hoje para Portugal para, ainda como chefe do executivo, "agradecer todo o apoio que tem sido dispensado" pelas autoridades portuguesas.

Candidato a Presidente da República nas eleições de 18 de março, Carlos Gomes Júnior disse hoje em conferência de imprensa que não poderia deixar de ir, ainda como primeiro-ministro, agradecer todo o apoio de Portugal, acrescentando que regressa ao país na próxima semana mas já não como primeiro-ministro.

"Portugal é um parceiro estratégico da Guiné-Bissau e dado todo o apoio que tive à minha governação não poderia, antes de deixar o governo, deixar de agradecer todo esse apoio que tem sido dispensado ao nosso executivo, para conseguir atingir o patamar em que hoje o país está. Foi graças à CPLP e ao governo português em especial", disse.

No domingo, Carlos Gomes Júnior tem previsto um encontro com a comunidade guineense residente em Lisboa e na quarta-feira tem agendada uma reunião com o primeiro-ministro de Portugal, Pedro Passos Coelho.

O encontro com a comunidade "é importante para nós, sobretudo porque sabemos que a comunidade guineense na diáspora não vai poder exercer o seu direito de voto, o que lamentamos porque durante todo o nosso mandato sempre garantimos que íamos criar as condições para isso", disse Gomes Júnior.

Carlos Gomes Júnior lembrou que se trata de eleições antecipadas, pelo que não foi possível fazer um recenseamento, o que faz com que "mais de 50 mil jovens" fiquem de fora.

"Toda a gente sabe que a força essencial do candidato Carlos Gomes Júnior é a juventude, que está ansiosa pela mudança e por que o país continue a progredir", disse.

Carlos Gomes Júnior começou já a transferir as pastas, como primeiro-ministro, para a ministra da Presidência do Conselho de Ministros, Maria Adiatú Djaló Nandinga, que o substituirá no cargo.

"Estou ciente de que o PAIGC (partido no poder) e o povo me vão dar a vitória e estou a começar a preparar a minha saída. Penso que dentro de dois, três meses, serei o Presidente da República e tenho de começar a preparar os contactos necessários para relançar toda a nossa cooperação com os nossos parceiros de desenvolvimento", disse também o primeiro-ministro.

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