Redação PG, com artigo do Expresso
O presidente da república alemã demitiu-se por questões de favorecimentos recebidos e outras operações que até agora não estão devidamente esclarecidas a nível de opinião pública.
O presidente da república portuguesa parece ter um caso paralelo ao do presidente alemão. Aos olhos da opinião pública parece. Com o agravante de que o caso nunca foi suficientemente bem explicado, devidamente esclarecido. Noutro caso envolvendo Cavaco acrescem ainda dúvidas sobre o atabalhoamento da explicação no pagamento da SISA de uma residência luxuosa adquirida no condomínio da Aldeia da Coelha, no Algarve. Existem dúvidas que o PR e a justiça (se for o caso) ou mais alguém deviam esclarecer de uma vez por todas.
Por essas razões, aparentemente similares, o presidente da Alemanha demitiu-se, disseram que já estava na hora de o fazer. E Cavaco Silva, em Portugal, lá está, cantando e rindo? Quem são os “levados, levados sim” do hino de Portugal? Ou não há “levados”? Quem nos convence disso? Quem nos esclarece?
Se realmente há caso para que Cavaco se demita o que se espera é que seja honesto e que o faça. Que se investigue. Que não existam medos nem conluios, muito menos constantes insinuações cobardes que alimentam o caso mas não contribuem para o seu real esclarecimento. E, principalmente, que não omitam nem mintam sobre o que realmente se passou. (Redação PG)
CAVACO RECUSA NOVAS RESPOSTAS SOBRE AÇÕES DO BPN
Expresso – 04.01.11
Em réplica ao desafio de Alegre, o Presidente da República alega ter "respondido uma vez e estar tudo por escrito" e diz que não alimenta "campanhas sujas e desonestas".
O candidato presidencial Cavaco Silva recusou hoje novos comentários sobre a venda das suas ações no Banco Português de Negócios (BPN), alegando ter "respondido uma vez e estar tudo por escrito".
Depois de responder uma vez não respondo mais nenhuma vez. Contratos há zero", declarou Cavaco Silva, interrogado pelos jornalistas à chegada a Ponta Delgada para uma visita de pré-campanha de dois dias aos Açores.
No Funchal, o candidato presidencial Manuel Alegre desafiou hoje Cavaco Silva a revelar pormenores sobre a venda das suas ações do BPN, designadamente se as vendeu ao presidente do banco e porque razão elas se valorizaram em 40% em pouco tempo, insistindo que considera ter "chegado a altura de Cavaco Silva tornar público o contrato de venda das suas ações" no BPN.
"Vim aos Açores para falar da crise grave em que Portugal está metido"
Em resposta a este desafio de Alegre, o candidato apoiado pelo PSD e CDS-PP acrescentou não vir aos Açores "para alimentar campanhas sujas e desonestas".
"Vim aos Açores para falar da crise grave em que Portugal está metido", sublinhou.
Em declarações prestadas na Madeira, Manuel Alegre defendeu a necessidade de se saber a quem Cavaco Silva vendeu as suas ações no BPN e como em que "em tão pouco tempo se valorizaram em cerca de 40%".
"Se por acaso ele as vendeu ao presidente do BPN, então é um caso político e tem de ser publicitado. Se não está tudo bem", afirmou Alegre.
Cavaco Silva vai visitar as ilhas de S. Miguel e Terceira, regressando a Lisboa ao fim do dia de quarta-feira.
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