sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

PR dá mérito "aos Governos anteriores" por 2º lugar em índice de desenvolvimento



JSD - Lusa

Cidade da Praia, 17 fev (Lusa) - O presidente de Cabo Verde relativizou hoje o seu papel no desenvolvimento de Cabo Verde, atribuindo os méritos pelo segundo lugar obtido pelo arquipélago no ranking de desenvolvimento em África aos "sucessivos governos" do país.

Jorge Carlos Fonseca, que falava aos jornalistas à margem de uma visita a bairros da Cidade da Praia, comentava o relatório divulgado a 06 deste mês pelo Nation Group Media (NMG), proprietário do East African Magazine, mas só hoje conhecido em Cabo Verde.

"Tenho relativizado essa classificação, esse ranking, assim como outros. Ficamos satisfeitos, mas o facto de ficar em segundo, primeiro ou terceiro tem a ver sobretudo com muitas outras pessoas, outros responsáveis políticos, todos os governos, todos os presidentes, têm o seu punhado de mérito", argumentou.

Para Jorge Carlos Fonseca, o que o relatório avalia é o país, tendo por base vários indicadores, como a liberdade de imprensa, democracia, combate à corrupção e ao narcotráfico, boa governação, entre outros.

"A minha contribuição para isso é pequena e mínima e não há razões para estar a embandeirar em arco ou a considerar isso um troféu do presidente. É o país que está bem avaliado", acrescentou, apelando a maior "ambição, determinação e vontade" de todos para que o país atinja melhores classificações em todos os índices.

No relatório, em 54 Estados africanos analisados, Cabo Verde surgiu no segundo posto, atrás somente do Botsuana, mas à frente de Moçambique, no 15.º lugar, Guiné-Bissau, 38.º, Angola, 40.º, e São Tomé e Príncipe, que surge na 51.ª posição, ao lado das Seychelles, Somália e Sudão do Sul, grupo que, porém, não tem qualquer avaliação.

Para a elaboração do ranking, foram tidos em conta, com base em percentagens, seis índices já conhecidos: Mo Ibrahim, Democracia, Liberdade de Imprensa e Corrupção, todos a valerem 15 por cento, Desenvolvimento Humano (cinco por cento) e o do próprio NMG (35 por cento).

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