EL - Lusa
Luanda, 15 mar (Lusa) - Quase centena e meia de militantes e dirigentes da UNITA subscreveram hoje publicamente a desvinculação deste partido e adesão à Convergência Ampla para a Salvação de Angola (CASA), projeto político apresentado na quarta-feira em Luanda por Abel Chivukuvuku.
Leonel Gomes, secretário-executivo da CASA e ex-membro da direção política da UNITA, disse à Lusa que o documento foi subscrito, entre outros, pelo antigo médico de Jonas Savimbi, líder fundador da UNITA, Carlos Morgado, e pelo ex-ministro do Comércio do Governo de Unidade e Reconciliação Nacional (GURN), criado pelo Protocolo de Lusaka, Joaquim Icuma Muafuma.
O anúncio foi feito numa sessão pública realizada no Instituto Nacional de Apoio à Criança, em que após a leitura da declaração, 145 militantes da UNITA formalizaram a dissidência e consequente adesão à CASA, entre eles ex-deputados e vários secretários municipais do maior partido da oposição na capital angolana.
No texto que subscreveram os dissidentes propõem-se "prosseguir os nobres ideais da Democracia, da Justiça Social, da Valorização e Dignificação de Angola e dos angolanos" na Convergência Ampla para a Salvação de Angola, esperando que, lê-se no texto, "venha a ser a nossa CASA comum, onde todos e cada um se sintam verdadeiramente realizados".
A CASA foi lançada quarta-feira em Luanda, numa sessão em que apenas interveio Abel Chivukuvuku, antigo líder parlamentar da UNITA, e que no seio daquele partido desempenhou diversos cargos de representação e de confiança pessoal de Jonas Savimbi, cuja morte em combate a 22 de fevereiro de 2002, pôs termo à guerra civil em Angola.
O congresso constitutivo da CASA deverá realizar-se em Luanda nos próximos dias 03 e 04 de abril.
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