Correio do Brasil, com ARN
Treze militares acusados de integrar o movimento grevista dos bombeiros, iniciado no mês passado, foram exonerados na terça-feira da corporação. O anúncio foi feito pelo comandante do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, coronel Sérgio Simões. A exclusão dos militares da corporação foi atribuída a um conjunto de ações que tinham como objetivo promover a paralisação dos serviços do Corpo de Bombeiros.
Os bombeiros que foram exonerados da corporação terão prazo de cinco dias para recorrer da decisão da Justiça Militar. Entre os militares punidos, está o cabo Benevenuto Daciolo, indicado como uma das lideranças que incitou a paralisação dos bombeiros no Rio de Janeiro. Daciolo foi preso quando voltava da Bahia, acusado de envolvimento com o movimento grevista da polícia daquele estado.
O coronel Simões classificou como inaceitável a postura dos militares que aderiram à greve, que durou poucos dias. Ele disse ainda que outros militares serão julgados pelos mesmos motivos. “Nós temos um sargento e dois oficiais que estão sendo submetidos a conselho. Nós vamos aguardar o relatório conclusivo e vamos avaliar o nível de participação, o nível de gravidade, individualizando a conduta de cada um”, explicou.
Perguntado se considerava justo o salário dos bombeiros, Simões disse que a remuneração é compatível com a função desempenhada pelos militares. Ele destacou que, desde o ano passado, foram concedidos reajustes que, somados, chegam a 100%.
Os bombeiros também ganharam auxílio-transporte no valor de R$ 100, que será pago ainda este mês em uma folha suplementar. Já o reajuste que estava previsto para o final deste ano foi antecipado. “O governo vem atendendo às solicitações, tivemos a antecipação das parcelas [de reajuste] previstas para o fim do ano, da ordem de 12%. Para 2013, já está anunciado um novo reajuste de 25% a 26%, no mês de fevereiro”, disse.
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