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O secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, esclareceu que eventuais alterações ao novo Acordo Ortográfico serão sempre decididas pela comissão científica multilateral que está a elaborar o Vocabulário Ortográfico Comum.
«É completamente ridículo pensar que é um político ou um Estado a decidir como é a ortografia. São os investigadores, os académicos», sublinhou.
O Vocabulário Ortográfico Comum só estará terminado em 2014, num trabalho desenvolvido por uma comissão científica em que participam representantes de todos os países de língua oficial portuguesa.
«Até lá, haverá atualização normal e multilateral. O que eu disse foi que, a haver necessidade de fazer pequenas alterações, essas alterações têm de ser feitas num quadro multilateral. Por isso é que se chama acordo. Acordo entre os vários países», acrescentou Francisco José Viegas.
O novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa começou a ser aplicado a 01 de janeiro deste ano nos documentos do Estado, vigorando em todos os serviços, organismos e entidades na tutela do Governo, assim como no Diário da República, que também o aplica.
A decisão foi tomada em Conselho de Ministros a 25 de janeiro de 2011.
O acordo foi assinado em Lisboa, em 1990, começou a ser aplicado em 2009 e tem um período de adaptação até 2015, durante o qual são aceites as duas grafias.
Os objetivos deste acordo são reforçar o papel da língua portuguesa como idioma de comunicação internacional e garantir uma maior uniformização ortográfica entre os oito países que fazem parte da Comunidade de Língua Portuguesa (CPLP).
Francisco José Viegas falava à agência Lusa à margem da visita ao Mosteiro de Santo André de Rendufe, em Amares, no distrito de Braga.
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