João Pedro Pereira - Público
Rui Cruz, responsável pelo site TugaLeaks, que divulgou várias actividades da onda de ataques informáticos registada em Portugal no final do ano passado, foi constituído arguido.
Segundo narra o próprio num texto publicado no seu site pessoal, Rui Cruz foi questionado, em casa, por quatro inspectores da Polícia Judiciária, no dia 8 de Março. "Logo às primeiras horas da manhã, fui acordado por quatro simpáticos e anónimos inspetores da PJ – só um se dignou identificar-se (...) Fui questionado sem nunca conhecer os motivos que se escondiam por detrás de tão agradável e matutina visita", escreve.
Num texto em tom irónico, Cruz afirma que todas as suas actividades online são lícitas. "Passadas quase duas semanas, e enquanto aguardo as cenas dos próximos capítulos, vou relendo o conteúdo dos meus projetos sem nunca encontrar o 'crime' de que sou acusado e me foi meio-contado".
Rui Cruz, informático, criou o TugaLeaks em Dezembro de 2010, como uma réplica do WikiLeaks, que apelava então a que os seus conteúdos fossem replicados pela Internet. O TugaLeaks acabou por tornar-se um site de divulgação de vários movimentos e grupos de protesto, tanto dentro como fora da Internet.
Em declarações ao PÚBLICO em Dezembro, a propósito dos ataques informáticos em Portugal, Cruz afirmou que "o Tugaleaks nasceu porque era – e é – o único canal de media alternativo a publicar notícias sobre movimentos activistas e hacktivistas". Na altura, afirmou que "o Tugaleaks não está nem a favor nem contra os alegados ataques", acrescentando, porém, que "os grupos de hacktivistas estão a impulsionar o acordar do povo com ataques a alvos cada vez mais notórios."
A série de ataques informáticos no final do ano passado deixou temporariamente inacessíveis sites de partidos políticos e do Parlamento. Outros sites foram modificados e passaram a exibir mensagens de protesto.
Os ataques mais graves culminaram na divulgação de dois ficheiros com dados de agentes da polícia. Um dos ficheiros, retirado de computadores governamentais, divulgou o posto, email, nome e número de telefone de 107 agentes da PSP. O outro, retirado dos computadores de um sindicato, continha informação (em muitos casos, incluindo a morada) de 67 polícias. A acção foi apresentada como uma represália pelos incidentes entre manifestantes e polícia, em S. Bento, na greve geral de 24 de Novembro.
O TugaLeaks publicara a 14 de Novembro uma entrevista anónima aos elementos do grupo LulzSec Portugal, que veio a revindicar a responsabilidade por vários ataques, entre os quais a divulgação dos dados dos agentes da polícia.
Num texto em tom irónico, Cruz afirma que todas as suas actividades online são lícitas. "Passadas quase duas semanas, e enquanto aguardo as cenas dos próximos capítulos, vou relendo o conteúdo dos meus projetos sem nunca encontrar o 'crime' de que sou acusado e me foi meio-contado".
Rui Cruz, informático, criou o TugaLeaks em Dezembro de 2010, como uma réplica do WikiLeaks, que apelava então a que os seus conteúdos fossem replicados pela Internet. O TugaLeaks acabou por tornar-se um site de divulgação de vários movimentos e grupos de protesto, tanto dentro como fora da Internet.
Em declarações ao PÚBLICO em Dezembro, a propósito dos ataques informáticos em Portugal, Cruz afirmou que "o Tugaleaks nasceu porque era – e é – o único canal de media alternativo a publicar notícias sobre movimentos activistas e hacktivistas". Na altura, afirmou que "o Tugaleaks não está nem a favor nem contra os alegados ataques", acrescentando, porém, que "os grupos de hacktivistas estão a impulsionar o acordar do povo com ataques a alvos cada vez mais notórios."
A série de ataques informáticos no final do ano passado deixou temporariamente inacessíveis sites de partidos políticos e do Parlamento. Outros sites foram modificados e passaram a exibir mensagens de protesto.
Os ataques mais graves culminaram na divulgação de dois ficheiros com dados de agentes da polícia. Um dos ficheiros, retirado de computadores governamentais, divulgou o posto, email, nome e número de telefone de 107 agentes da PSP. O outro, retirado dos computadores de um sindicato, continha informação (em muitos casos, incluindo a morada) de 67 polícias. A acção foi apresentada como uma represália pelos incidentes entre manifestantes e polícia, em S. Bento, na greve geral de 24 de Novembro.
O TugaLeaks publicara a 14 de Novembro uma entrevista anónima aos elementos do grupo LulzSec Portugal, que veio a revindicar a responsabilidade por vários ataques, entre os quais a divulgação dos dados dos agentes da polícia.
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