quinta-feira, 1 de março de 2012

Rússia: Descobertas novas ameaças terroristas durante votação



Diário da Rússia, com foto

Autoridades detectaram possíveis ataques com homens-bombas

A Rússia redobrou as medidas de segurança depois que o Serviço de Inteligência e o Ministério do Interior informaram que novas ameaças de ataques terroristas no pleito presidencial de 4 de março foram detectadas. Segundo o Ministério do Interior, as investigações apontam para a trama de atentados com a utilização de homens-bombas.

Na segunda-feira, 27 de fevereiro, foi divulgado que os Serviços de Inteligência da Rússia e da Ucrânia neutralizaram, em janeiro, um plano para assassinar o Primeiro-Ministro e candidato presidencial Vladimir Putin. Ele, entretanto, reagiu dizendo não temer um possível ataque. "As pessoas que se encontram em situação semelhante à minha devem conviver com isso. Se tiverem medo constante, ficarão impossibilitados de viver. Os terroristas é que devem sentir medo.”

Putin diz não temer atentados

Primeiro-ministro afirma ser impossível conviver com receios

O Primeiro-Ministro Vladimir Putin comentou as notícias sobre a interceptação de um planejado atentado contra ele, que deveria acontecer na próxima semana, logo após a eleição presidencial de domingo, 4 de março, na qual ele é candidato. Putin declarou: "As pessoas que se encontram em situação semelhante à minha devem conviver com isso. Se tiverem medo constante, ficarão impossibilitados de viver. Os terroristas é que devem sentir medo.”

Segundo Putin, atentados terroristas nunca dificultaram e não dificultarão o seu trabalho. O primeiro-ministro disse ainda que “em sua posição, o risco de sofrer atentado é permanente”. Ele lembrou porém que há pouco tempo foi criado na Rússia um órgão especial cuja função é neutralizar a possibilidade desse tipo de ação.

Investigações sobre o atentado contra Vladimir Putin prosseguem

Dois acusados estão presos na Ucrânia

Prosseguem as investigações conjuntas dos serviços secretos da Rússia e da Ucrânia sobre o planejado atentado à bomba contra o Primeiro-Ministro Vladimir Putin e uma série de outras ações criminosas que também estavam sendo idealizadas para ocorrer no território da Rússia. Os terroristas, que fariam a ação contra o premier, foram capturados na cidade ucraniana de Odessa, em janeiro, embora a notícia só tenha sido divulgada no final de fevereiro. Eles admitiram, nos primeiros interrogatórios após a sua detenção, que o crime seria realizado logo após a eleição presidencial de domingo, 4 de março, na qual Putin é candidato.

As informações mais recentes dos serviços secretos russo e ucraniano confirmam que Ylia Piyanzin e Ruslam Madaev, procurados internacionalmente pela Interpol, haviam chegado a Odessa procedentes dos Emirados Árabes Unidos. Piyanzin confessou que o grupo seguia ordens do líder extremista Doku Umarov, chefe de organizações terroristas baseadas na Chechênia. Os relatórios dos serviços secretos atribuem a Ylia Piyanzin as seguintes declarações: “Nossas primeiras instruções foram as seguintes: vão para Odessa, na Ucrânia, e aprendam a fabricar bombas. Depois, já em Moscou, façam sabotagens em estruturas econômicas. Só então, cometam o atentado contra Putin.”

De acordo com as informações atribuídas a Ylia Piyanzin, Odessa deveria ser apenas um simples local de trânsito para os terroristas. Mas foi nesta cidade ucraniana que eles foram localizados pela Interpol e pelos Serviços de Inteligência da Rússia e da Ucrânia. Quando foram surpreendidos, Ruslam Madaev manipulava a montagem de explosivos e morreu quando eles foram detonados.

Ylia Piyanzin foi levado com queimaduras para o serviço de cuidados intensivos do hospital local, algemado e vigiado dia e noite por funcionários dos serviços secretos russo e ucraniano. De acordo com estes agentes, ele tem sido altamente colaborativo nos interrogatórios em troca de não ser extraditado para a Rússia. Foram precisamente as declarações de Piyanzin que levaram à detenção do terceiro suspeito no atentado, Adam Osmaev, natural da Chechênia. Ele foi preso no sábado, 4, mas a informação não foi divulgada porque a Inteligência ucraniana ainda não tinha provas materiais da sua participação no atentado. Estas só surgiram depois de uma minuciosa análise em seu computador, quando os peritos encontraram registros do plano montado contra o Primeiro-Ministro Vladimir Putin.

Os policiais informaram que “entre os arquivos encontrados, havia vídeos com o itinerário da comitiva de Putin, para que os acusados soubessemn, exatamente, qual o carro utilizado pelo Primeiro-Ministro e que deveria ser alvo do atentado a bomba. O trajeto mais registrado pelos suspeitos foi o que o premier cumpre entre a sua residência e o seu local de trabalho, a Casa Branca de Moscou.” Preso, Adam Osmaev revelou que a maioria das operações deveria ser feita à distância, embora estivesse planejada uma explosão por parte de um suicida. Os agentes também registraram que o acusado, da mesma forma como Piyanzin, está colaborando ativamente com a investigação, tendo igualmente pedido para não ser enviado à Rússia. Também consta dos relatórios dos agentes de Inteligência que, “com base nas declarações de Adam Osmaev, foi descoberto que que os explosivos haviam sido previamente transportados para Moscou e que o atentado contra Vladmir Putin estava previsto para ser realizado na Avenida Kutuzov, uma das mais movimentadas de Moscou.”

Os serviços secretos da Rússia e da Ucrânia continuam com as investigações e admitem que nem todas as informações foram divulgadas. No entanto, a ação dos serviços secretos da Rússia e da Ucrânia foi elogiada por especialistas em inteligência e segurança que afirmaram: “Os agentes russos e ucranianos foram extremamente rápidos, ágeis, eficientes e profissionais nesta operação de contenção dos terroristas. A sua ação deve ser elogiada não apenas pela Rússia, mas, principalmente, por toda a comunidade internacional.”

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