… de 200 milhões de dólares com a Gunvor
Abel Veiga – Téla Nón (stp)
O maior partido da oposição, confronta Patrice Trovoada com várias questões e exige que o Primeiro-ministro dê explicações ao povo de São Tomé e Príncipe, sobre o facto de o país ter sido considerado recentemente por instituições internacionais, como sendo de risco em termos de branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo.
No momento em que o Primeiro-ministro anunciou assinatura de acordo de manifestação de interesse com a empresa Gunvor, para investir 200 milhões de dólares na construção de um porto petrolífero em São Tomé, o MLSTP, apela ao primeiro-ministro que dê explicações ao povo de São Tomé e Príncipe em relação a recente entrada do arquipélago na lista negra do Grupo de Acção Financeira Internacional, como sendo um país que «representa risco de branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo», diz o maior partido da oposição.
Segundo o MLSTP, o mais recente relatório da instituição internacional que agrupa 34 países e as grandes instituições financeiras internacionais, coloca São Tomé e Príncipe, como país de risco. «Instamos o Governo liderado pelo Presidente do ADI senhor Patrice Trovoada a esclarecer a opinião pública sobre as razões que levaram a GAFI-Grupo de Acção Financeira Internacional, a incluir o país nesta lista», apela o MLSTP.
Quadro negro para São Tomé e Príncipe, que pela voz do seu primeiro-ministro, anunciou a assinatura de acordo de manifestação de interesse, com uma empresa estrangeira, a Gunvor, para fazer negócio de ouro negro refinado na região norte de São Tomé. «O Secretariado Nacional do MLSTP/PSD considera tratar-se mais uma vez e face ao actual contexto político, de uma promessa falaciosa do governo minoritário do ADI, liderado pelo senhor Patrice Trovoada, cujo o objectivo principal é de tentar justificar a sua prolongada ausência do país e desviar a atenção da opinião pública nacional e internacional quanto a sua incapacidade de apresentar soluções que visam o desenvolvimento sócio-económico e o bem estar dos são-tomenses», diz o MLSTP.
Na senda do anúncio por Patrice Trovoada do acordo assinado em Géneve Suíça e o valor do mesmo, ou seja, 200 milhões de dólares, o maior partido da oposição, confronta o governo e a opinião pública nacional com uma série de questões, que merecem resposta rápida. «Quando e onde foi assinado o acordo para este projecto e quem foi o signatário pela parte são-tomense? Que nos explique em que sessão do Conselho de Ministros o mesmo acordo foi analisado e aprovado? E quais sãos os sectores da administração central do Estado que estão envolvidos no processo da sua análise técnica?», questões levantadas pelo MLSTP.
O partido da independência, lança um alerta a todo o povo de São Tomé e Príncipe, em relação a origem dos 200 milhões de dólares anunciados por Patrice Trovoada no negócio com a Gunvor. O partido considera que o Governo tem gerido os assuntos do Estado, de forma leviana como se tratassem de negócios pessoais «do Senhor Primeiro Ministro Patrice Trovoada», pontuou.
O MLSTP, manifesta-se também surpreendido com o anúncio de Patrice Trovoada, pelo facto do Estado são-tomense ter assumido compromisso com a Sonangol para realização de projecto semelhante e na mesma região que Patrice Trovoada pretende entregar a Gunvor, ou seja, o distrito de Lembá n norte de São Tomé.
O Secretariado Nacional do MLSTP, fecha a sua intervenção com uma declaração que suscita reflexão sobre o momento político actual em São Tomé e Príncipe. «Exorta a população em geral, os militantes e simpatizantes do partido, no sentido de não embarcarem em campanhas de propaganda pré-eleitoral, decorrentes da crise instalada na Assembleia Nacional pela actuação da ADI», conclui.
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