MSE - Lusa
Díli, 03 mar (Lusa) - O ex-chefe das Forças Armadas timorense e candidato às presidenciais de 17 de março general Taur Matan Ruak disse à agência Lusa que se candidatou às eleições para tornar Timor-Leste um país forte, rico e seguro.
"A minha visão é tornar Timor um país forte, rico e seguro", afirmou em entrevista à agência Lusa Taur Matan Ruak, sublinhando que para isso definiu a sua Presidência em cinco grandes linhas de orientação: reforço da independência, assegurar a soberania e a integridade territorial, construir um sistema económico credível e sustentável, coesão nacional e integração regional e internacional.
Para Taur Matan Ruak, o reforço da independência só se faz construindo um "setor económico coerente e sustentado" e reforçando a identidade nacional.
O ex-chefe das Forças Armadas disse que é preciso "construir um sistema de defesa credível, consciencializar o povo para amar o seu país e defendê-lo", referindo-se ainda ao "fator diplomacia", no qual o país "tem muita experiência", e ao reforço da integração regional e internacional.
Taur Matan Ruak afirmou também que o país precisa de um "aproveitamento racional" dos recursos e combater a dependência externa.
"Nós estamos dependentes. Desde a água ao combustível, estamos dependentes a 100 por cento do exterior e temos de combater isso", salientou, sustentando um maior investimento nos recursos humanos e um setor privado forte, com iniciativa e agressivo.
O general disse que viver em democracia "passa pelo reconhecimento dos direitos fundamentais dos cidadãos, satisfazer as suas necessidades imediatas e reforçar o espírito de tolerância". Mas é preciso resolver e ultrapassar algumas questões essenciais para o "país se projetar para a frente".
"Trata-se dos veteranos e antigos combatentes, a juventude, como integrá-los é um problema sério, a terceira idade, viúvas e órfãos, a organização do Estado em si", afirmou, sublinhando que o Estado só existe em Díli.
Outras questões fundamentais para o general timorense são a boa governação, o combate à corrupção e a investigação dos sinais exteriores de riqueza.
O general Taur Matan Ruak demitiu-se de funções de chefe das Forças Armadas em agosto, anunciando um mês mais tarde a sua candidatura à Presidência.
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