quarta-feira, 4 de abril de 2012

Angola: Chefe de Estado realça fortes tradições do Moxico na resistência ao colonialismo



Angola Press

Luena – O Chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos, realçou hoje, quarta-feira, no Luena, província do Moxico, as fortes tradições desta região no que toca à resistência ao colonialismo.

José Eduardo dos Santos disse que “aqui os movimentos de libertação desenvolveram a luta armada contra o exército colonial português, tendo o MPLA criado durante certo período vastas zonas libertadas, onde estabeleceu novos modelos de organização social e política”.

Discursando no acto central alusivo ao 10º aniversário do alcance da Paz que hoje se assinala, o Chefe de Estado Angolano disse ainda que este amplo movimento guerrilheiro contou com o apoio do povo e criou imensas dificuldades ao poder colonial, que teve de recorrer aos bombardeamentos aéreos com napalm para impedir a sua progressão, mesmo assim não conseguiram parar a luta de libertação nacional.

Acrescentou que não foi por acaso que o Presidente Agostinho Neto concordou em assinar, em nome do MPLA, o acordo de cessar fogo com o exército português que pôs fim à guerra colonial, na localidade do Lunhameji, aqui na província do Moxico.

Referiu que este acordo abriu caminho para a conclusão, na altura, do Acordo de Alvor, em 1974, sobre a independência nacional de Angola, que viria a acontecer a 11 de Novembro de 1975.

O Presidente referiu também que antes de chegar ao Acordo de Bicesse, em 1991, e ao entendimento do Luena, em 2002, houve as Tréguas da Chicala, acordadas com a Unita, e que permitiram desanuviar a situação criada pela guerra dos 45 dias da cidade do Luena, em que os seus habitantes resistiram heroicamente.

Para o Presidente da República, o 4 de Abril é um dia histórico, de festa e de muita alegria, porque nesta data terminou definitivamente a guerra que durou dezenas de anos e provocou enormes perdas de vidas humanas.

“Foi aqui na bela cidade do Luena, província do Moxico, que os angolanos se entenderam e concluíram os acordos de paz e reconciliação nacional, que foram solenemente assinados no dia 4 de Abril de 2002, em Luanda", ressaltou.

Por este facto, pediu uma salva de palmas em homenagem a todos os que se sacrificaram e contribuíram para a paz e estabilidade política em Angola.

Acrescentou que os feitos destes homens são inesquecíveis e ficarão registados para sempre na memória colectiva, tendo como símbolo o "belo" Monumento à Paz, acabado de inaugurar, e que é um sítio para visitar sempre, conhecer-se os factos importantes da história de Angola e para se promover a educação das novas gerações.

Disse que foi com muita satisfação que recebeu o convite do governador e das autoridades da província para visitar o Moxico.

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