domingo, 29 de abril de 2012

Angola: A repressão policial promovida pelo ministro Sebastião Martins – Pedrowski Teca



Club K

Luanda - Segundo relatos na rede social, Facebook, hoje, Sábado 28 de Abril de 2012, o regime angolano dispersou à tiros um grupo de jovens manifestantes que pretendiam marchar contra o alcoolismo, a prostituição e a violência doméstica em Angola.

Noutro lado, o regime, através do Governo Provincial de Luanda (GPL), preferiu dar o espaço do Largo da Família (Largo da Independência) à maior empresa de álcool em Angola, a Cuca, para a realização de uma festa.

No mesmo dia, o Largo da Família poderia inicialmente albergar uma actividade do braço juvenil da Unita, a JURA. A actividade foi suspensa pelo GPL para acomodar a festa organizada pela CUCA.

Segundo relatos, os agressores dos jovens manifestantes no Cacuaco estavam munidos de barras de ferro e picaretas.

“Um grupo de jovens do Cacuaco pretendia realizar hoje uma marcha para protestar contra o excesso de consumo de álcool no Município. Todos os fins-de-semana há cerveja ao desbarato em maratonas do regime o que desnorteia a juventude e contribui para a delinquência,” relatou Filomeno Vieira, Secretário-geral do Bloco Democrático (BD).

No seu relato no Facebook, Lopes acrescentou que “os manifestantes foram dispersos com violência por milícias associadas às forças policiais, munidos de barras de ferro e picaretas”.

“Há, pelo menos, um ferido em estado grave e a zona do Colégio Sacriberto encontra-se completamente cercada.

“O regime promove o alcoolismo e todos que pretendem sensibilizar as populações em sentido contrário são agredidos institucionalmente,” estressou.

Em gesto mais detalhado, um cidadão, Alexandre Neto Solombe, descreveu a situação no Facebook:

“A polícia dispersou há instantes uma concentração de jovens, nas imediações do antigo posto de controlo, no município do Cacuaco. Há relatos de feridos, dois, e um número ainda não determinado de detidos. Segundo Hugo Kalumbo, um dos responsáveis pela organização da marcha, a polícia contou com o auxílio de elementos a civil que se supoe estarem afectos à milícia pro-governamental”.

Solombe acrescentou que “segundo os organizadores, a marcha percorreria a via principal, com destino à Cacuaco, contra o alcoolismo, a prostituição e a violência doméstica. Ainda de acordo com as mesmas fontes todas as demarches legais tinham sido tomadas para que o movimento saisse a rua. Pelo menos 100 pessoas marcaram presença no local de acordo com testemunhas, um dado por nós não verificado”.

“O G.P.L, preferiu dar espaço à Cuca para fazer a sua “festa” no Largo da Família (Largo da Independência), enquanto os jovens que manifestam-se contra o alcoolismo e são espancados,” relatou outro jovem, Jandiro Maurício.

Referente a situação entre a JURA e a CUCA no Largo da Família, um jovem, Fonseca Bengui, postou no Facebook:

“Acabo de testemunhar mais acto de intolerância. A JURA, juventude da UNITA, programou uma actividade que inicialmente teria lugar no Largo da Família. O governo recusou alegando que haveria outra actividade lá. RFA feriram para o largo da CIMEX, ao lado dos Congolenses. Não é que logo pela manhã um outro grupo colocou música no local para saudar o primeiro de maio.”

“Agora os jovens da Jura andam ai sem saber como realizar a sua actividade. Está uma confusão, não sei como isso vai terminar. A polícia está nos arredores e os activistas da JMPLA (Juventude do MPLA) também, aparentemente coordenando com a Polícia. Não sei como isso vai terminar. Estou a testemunhar isso porque é mesmo em frente à minha igreja, onde me encontro neste momento. Que democracia é essa?”

Até ao momento, não se tem informação concreta de como culminaram os incidentes no Cacuaco e no Largo da Família.

Fonte: Facebook

Sem comentários:

Mais lidas da semana