terça-feira, 17 de abril de 2012

CÚPULA DAS AMÉRICAS NO LIMBO




Cartagena de Índias, Colômbia, 16 abr (Prensa Latina) Por mais que o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, tentou negar o fracasso da VI Cúpula das Américas, o verdadeiro é que esta terminou sem consenso e com sua possível extinção.

Novamente Estados Unidos pôs a nota discordante e enfraqueceu os alicerces das pontes que tentou colocar Santos na região.

Dessa maneira, o presidente estadunidense, Barack Obama, fez questão de isolar Cuba, apesar do reclame majoritário da região por integrar à ilha à denominada Cúpula das Américas.

Obama novamente enumerou uma série de argumentos, qualificados por muitos aqui durante o encontro de anacrônicos e injustificáveis para sustentar essa política.

Segundo o mandatário norte-americano, a ilha deveria transitar para uma democracia para que se integre ao continente.

O mandatário nortenho desconheceu assim e fez ouvidos surdos às múltiplas mostras de apoio e solidariedade que recebeu nesta cidade das Caraíbas colombianas a nação antilhana durante toda a cúpula, incluídas suas reuniões prévias.

Estados Unidos e Canadá foram os únicos países do continente que se opuseram à participação de Cuba nas cúpulas das Américas.

Um tema diante do qual a região se plantou e fechou fileira, ao mesmo tempo em que se chamou a essas duas nações a escutar e retificar ou este tipo de foro se acabaria.

Esse reclame foi respaldado por diversas organizações sociais e políticas do hemisfério, as quais denunciaram as manipulações e pressões da Casa Branca para isolar à maior das Antilhas.

Por outra parte, os países da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (ALBA) exigiram no marco da Cúpula, que concluiu sem declaração final por falta de consenso, o cessar imediato do bloco econômico, financeiro e comercial contra Cuba.

Esse bloco integracionista também manifestou que não participará mais neste tipo de encontro sem a presença de Cuba.

Ambos os pontos recolheram a posição da ALBA em relação com a VI Cúpula das Américas, que se celebrou nesta cidade do Caribe colombiano.

Por sua vez, chamaram aos países da América Latina e Caribe a continuar mantendo a unidade solidária em favor da integração da ilha ao foro hemisférico.

Também reafirmaram que a maior das Antilhas, como parte integrante da América, tem o direito incondicional e inquestionável de estar presente à Cúpula, e participar em um plano de igualdade soberana.

A tudo isso há que acrescentar que destacaram a solidariedade mostrada da América Latina e Caribe com Cuba durante os debates da reunião de chanceleres, prévios à cita de chefes de Estado e governo, que realizaram a portas fechadas.

Assim, ressaltou-se a solidariedade do presidente equatoriano, Rafael Correa, e seu país, cuja ausência a esta Cúpula abriu o debate sobre estes temas e em consequência a tomar decisões ao respeito.

ocs/acl/bj - Modificado el ( lunes, 16 de abril de 2012 )

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