domingo, 15 de abril de 2012

Governo timorense acompanha com grande preocupação situação na Guiné-Bissau



MSE - Lusa

Díli, 15 abr (Lusa) - O primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, disse hoje estar a acompanhar com grande preocupação a situação na Guiné-Bissau e apelou para que a integridade física do Presidente interino guineense e do seu homólogo, Carlos Gomes Júnior, seja garantida.

"O governo timorense acompanha com grande preocupação a situação que se vive na Guiné-Bissau (...) depois de mais um golpe perpetrado contra a ordem constitucional vigente, circunstância que ameaça, novamente, a sobrevivência do próprio Estado e contribui para o sofrimento e instabilidade do povo guineense", refere em comunicado o governo timorense.

Segundo o comunicado, enviado à agência Lusa, Xanana Gusmão está "apreensivo" em relação ao que se passa com o seu homólogo, Carlos Gomes Júnior, e com o Presidente interino guineense, Raimundo Pereira, e apelou para que a integridade física destes altos responsáveis seja garantida.

"Xanana Gusmão faz, de igual modo, um veemente apelo a todos os militares guineenses para que se submetam ao poder político legitimamente estabelecido e que unam esforços, dentro dos limites constitucionais impostos, para, em estreita cooperação com os responsáveis políticos para o efeito mandatados, ajudarem a construir um Estado de direito democrático cujo único propósito seja o de servir o povo", acrescenta o comunicado.

No documento, Xanana Gusmão apela também à comunidade internacional para desenvolver um plano integrado e realístico para dar um apoio mais "adequado ao processo de viabilização do Estado de direito democrático e construir maior confiança do povo guineense no seu Estado e liderança".

Na quinta-feira à noite, um grupo de militares guineenses atacou a residência do primeiro-ministro e candidato presidencial, Carlos Gomes Júnior, e ocupou vários pontos estratégicos da capital da Guiné-Bissau.

A ação foi justificada sexta-feira, em comunicado, por um autodenominado Comando Militar, cuja composição se desconhece, como visando defender as Forças Armadas de uma alegada agressão de militares angolanos, que teria sido autorizada pelos chefes do Estado interino e do Governo.

A mulher de Carlos Gomes Júnior disse na sexta-feira que ele tinha sido levado por militares na noite do ataque e que se encontrava em parte incerta, bem como o Presidente interino, Raimundo Pereira.

No sábado, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa ameaçou com sanções individualizadas contra os golpistas e a União Europeia advertiu que não apoiará um "governo ilegítimo".

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1 comentário:

Anónimo disse...

"Xanana Gusmão faz, de igual modo, um veemente apelo a todos os militares guineenses para que se submetam ao poder político legitimamente estabelecido e que unam esforços, dentro dos limites constitucionais impostos,.."

Tem razão Sr. Primeiro Ministro e tem todo o nosso apoio. Pois Vossa Excelência não faz como o nosso Ex-Presidente da República que fez todos os possíveis para apoiar os "Peticionários", "Vítimas de descriminação" em 2006 e abandonaram o nosso exército criando uma onda de terror no nosso país.

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