MSE - Lusa
Díli, 14 abr (Lusa) - A campanha eleitoral para a segunda volta das presidenciais de Timor-Leste, marcadas para dia 16, terminou na sexta-feira com registo de incidentes que foram desvalorizados pelas autoridades policiais e com garantias dos candidatos de que vão aceitar o resultado das eleições.
Num balanço das duas semanas de campanha eleitoral, que começou a 30 de março e foi interrompida durante o período da Páscoa, os dois candidatos, Francisco Guterres Lu Olo e Taur Matan Ruak afirmaram estar satisfeitos, considerando que correu tão bem como a da primeira volta.
Sem grandes desvios do que já tinham defendido na primeira volta das presidenciais, que decorreu a 17 de março, tanto Lu Olo como Matan Ruak insistiram junto dos seus apoiantes na necessidade de irem às urnas e na manutenção da paz e estabilidade no país, essenciais para o desenvolvimento de Timor-Leste.
Na sexta-feira, num debate na Rádio Televisão de Timor-Leste, os dois garantiram que vão aceitar e respeitar os resultados eleitorais, bem como a vontade soberana do povo.
Durante a campanha foram registados vários incidentes, nomeadamente destruição de propriedade e propaganda, agressões e lançamento de pedras contra caravanas de apoiantes, segundo fonte policial, que no entanto desvalorizou os incidentes.
"Houve ações de policiamento comunitário em sítios sensíveis. Falou-se com as comunidades e chefes de suco [freguesia]", explicou à agência Lusa a mesma fonte.
A fonte disse também que na segunda-feira vai haver presença policial em todos os centros de votação e que "não se espera que haja qualquer incidente".
"Há unidades especiais espalhadas em Baucau, Ermera, Viqueque e Zumalai", disse, acrescentando que o balanço final da campanha eleitoral é positivo.
Francisco Guterres Lu Olo é apoiado pela Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente (Fretilin, oposição) e Taur Matan Ruak pelo Conselho Nacional de Reconstrução de Timor-Leste (CNRT, no poder), do primeiro-ministro, Xanana Gusmão, que esteve presente em grande parte dos comícios do candidato.
Na primeira volta participaram 12 candidatos, entre os quais o atual Presidente timorense, José Ramos-Horta, que ficou em terceiro lugar, e o presidente do Parlamento Nacional, Fernando La Sama de Araújo, que ficou na quarta posição.
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