Orlando Castro*, jornalista – Alto Hama* - ontem
Miguel Portas morreu hoje aos 53 anos. Dele terei falado aqui no Alto Hama uma meia dúzia de vezes. Num texto de 15 de Fevereiro de 2009, a última frase dizia: Para memória futura!
Nesse texto, eu perguntava:
Quem terá sido o político que afirmou ao Correio da Manhã que: "Estou preocupado com este despedimento colectivo (Jornal de Notícias) porque é um dos principais jornais do País e que dá importância à pequena informação local, sobretudo a norte"?
Quem terá sido o político que afirmou que os despedimentos na comunicação social "põem em causa a pluralidade da informação e fomentam a precariedade"?
"Quando um grande grupo de comunicação social, como é a Controlinveste, despede centenas de trabalhadores, gera o factor medo nos outros que ficam condicionados, com receio de serem também despedidos".
Quem terá sido que disse isto?
"Quais foram os critérios para a escolha das pessoas. Parece que nem os próprios sabem nem ninguém os esclareceu ainda".
Esta verdade, tal como as anteriores, terá sido dita por Manuela Ferreira Leite, Paulo Portas, Rui Rio ou Álvaro Castello-Branco?
"Os trabalhadores do ‘JN’ e dos outros jornais do mesmo grupo podem contar comigo”.Quem disse?
O seu a seu dono. Ao contrário dos exemplos citados (e a lista seria interminável) não foi nenhum deles que se preocupou em estender a mão e, inclusive, até penso que alguns deles terão ajudado à festa.
Quem disse tudo isto foi Miguel Portas, do Bloco de Esquerda.
Este texto ficou registado, como disse, para memória futura! E essa mesma memória legitima que hoje diga: Obrigado Miguel Portas.
* Orlando Castro, jornalista angolano-português - O poder das ideias acima das ideias de poder, porque não se é Jornalista (digo eu) seis ou sete horas por dia a uns tantos euros por mês, mas sim 24 horas por dia, mesmo estando (des)empregado.
Título anterior do autor, compilado em Página Global: ELE COMEMORA, POIS CLARO, O 24 DE ABRIL
Sem comentários:
Enviar um comentário