quarta-feira, 25 de abril de 2012

Porto: ATIVISTA DO MOVIMENTO ES.COL.A REOCUPAM ESCOLA DA FONTINHA



i online - Lusa

Um grupo de ativistas do movimento Es.Col.A reocupou hoje cerca das 16:45 a escola da Fontinha, no Porto, quebrando o cadeado de proteção e entrando no espaço de onde tinham sido expulsos pelas autoridades.

Gritando palavras de ordem como "ninguém pode parar a iniciativa popular", os ativistas, entre os quais mulheres e crianças, retomaram o espaço de onde haviam saído no dia 19 de abril.

Antes disso, os manifestantes haviam estado no exterior da Câmara do Porto, animando, com performances e música, milhares de pessoas reunidas nos Aliados para celebrar a Revolução dos Cravos, mas sem incidentes.

Activistas do movimento Es.Col.a ocupam exteriores da Câmara do Porto sem incidentes

Cerca de 100 ativistas do movimento Es.Col.A da Fontinha ocuparam hoje exteriores da Câmara do Porto, animando, com performances e música, milhares de pessoas reunidas nos Aliados para celebrar a Revolução dos Cravos, mas não houve incidentes.

Uma bandeira negra do movimento Es.Col.A e um cartaz onde se lê “Diz-me em quem bates, dir-te-ei quem és” foram as duas lembranças que os ativistas do projeto Es.Col.A deixaram hoje ao autarca do Porto, Rui Rio.

Fonte das relações públicas da PSP do Porto adiantou à Lusa que o efetivo policial destacado para garantir hoje a segurança na manifestação do 25 de abril não registou, até ao momento, “nenhum incidente”.

Um projeto sem fins lucrativos que oferece várias valências, como aulas de desenho, ioga, teatro ou guitarra e um clube de xadrez para todas as idades, o Es.Col.A - Espaço Colectivo Autogestionado do Alto da Fontinha estava instalado na antiga escola primária desde abril de 2011 e foi quinta-feira passada, dia 19, despejado do local, por ordem da Câmara Municipal do Porto.

Ana Canerli, estudante na Escola Artística Soares dos Reis, disse à Lusa que hoje veio para a rua para se “manifestar pela recuperação da escola da Fontinha” e que quis participar na manifestação do 25 de abril para demonstrar que defende o projeto Es.Col.A na Fontinha.

A estudante admitiu à Lusa que teme que hoje alguma coisa “corra mal” se a polícia não permitir aos ativistas entrarem nas instalações exteriores da antiga escola primária da Fontinha.

A Avenida dos Aliados recebeu hoje milhares de participantes para as comemorações da revolução do 25 de Abril.

Elisa Antunes, de Amarante, empenhando um cravo vermelho na mão, disse à Lusa que veio ao Porto “mostrar que a liberdade é a coisa mais importante da vida de todos” e que o "dia 25 de Abril tem que ser comemorado até ao fim das nossas vidas”.

A "liberdade é a coisa mais importante que o 25 de abril conquistou e estão a tentar tirar-nos tudo e nós temos de vir para a rua para mostrar que não nos podem tirar o que nós conquistámos com tanto sacrifício”, declarou Elisa Antunes, apelando ao povo português para “não desistir” e para vir para a “rua lutar”, porque "não é nem em casa, nem na mesa do café que se fazem as revoluções”.

Ilda Figueiredo, ex-deputada do PCP e presidente do Conselho Português para a Paz e Cooperação, esteve também a participar nas celebrações da Revolução dos Cravos, junto ao edifício da antiga PIDE e disse à Lusa que continua a ser “muito importante celebrar o 25 de abril, porque o problema é que o 25 de abril não está a ser cumprido”.

“Ao celebrar o 25 de abril estamos a exigir o seu cumprimento e que os seus ideais se cumpram”, acrescentou a comunista.



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