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Díli, 12 abr (Lusa) - Taur Matan Ruak, candidato à segunda volta das eleições presidenciais de Timor-Leste, disse hoje num comício em Maliana, distrito de Bobonaro, a oeste do país, que se ganhar as eleições não vai organizar corridas de bicicleta.
"Não vou organizar corridas de bicicleta", disse Taur Matan Ruak aos seus apoiantes, numa alusão ao atual Presidente do país, José Ramos-Horta, que no âmbito da campanha "Díli, Cidade da Paz", organizou nos últimos anos uma série de eventos desportivos, nomeadamente o Tour de Timor.
"Com todo o respeito que tenho pelo senhor Presidente da República, eu acho que não vou seguir o exemplo dele", afirmou no final do comício à agência Lusa Taur Matan Ruak, porque "há muita coisa por fazer".
"Como Presidente a minha maior preocupação é o futuro de Timor e os problemas do dia-a-dia do nosso povo que devem ser ultrapassados para dar mais margem para novos progressos", explicou.
Questionado pela agência Lusa sobre o serviço militar obrigatório que tem defendido durante a campanha, o general explicou que a proposta tem a ver com a integração dos jovens.
"A proposta é minha e baseia-se na própria realidade e na situação dos jovens. O meu problema é como integrar os jovens. Cerca de 50 por cento da população tem menos de 20 anos. Como é que o Estado vai integrá-los na sociedade e no desenvolvimento do nosso país?, essa é a minha maior preocupação", disse Taur Matan Ruak.
O candidato falava no final de um comício em Maliana que juntou centenas de apoiantes e no qual participou o primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, que não prestou declarações à imprensa alegando estar afónico.
Para o candidato Taur Matan Ruak, a campanha tem sido fantástica e a adesão tem aumentado de dia para dia.
Os eleitores timorenses escolhem na segunda-feira o próximo Presidente do país, depois de no dia 18 de março nenhum dos 12 candidatos que se apresentaram na primeira volta ter conseguido mais de 50 por cento dos votos.
A segunda volta vai ser disputada por Francisco Guterres Lu Olo, apoiado pela Frente Revolucionária de Timor-Leste (Fretilin), e por Taur Matan Ruak, ex-chefe das Forças Armadas apoiado pelo Conselho Nacional da Reconstrução de Timor-Leste (CNRT), do primeiro-ministro timorense.
2 comentários:
Tenho tudo o respeito ao general, como ele deu o seu ao Presidente Ramos Horta, mas ele tambem nao e pessoa certa para chefiar o estado. Desculpa
Pois nao. So vais organizar crises e golpes mas nao corridas de bicicletas
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