quarta-feira, 25 de abril de 2012

VADE RETRO, CAVACO DO ANTIGAMENTE A FALAR DE ABRIL?




António Veríssimo

Cavaco, homem do antigamente, fala de Abril e da grandeza dos portugueses, da grandeza de Portugal que devemos propalar pelo estrangeiro… e blá, blá, blá, pata-ti-pata-tá… Um vómito.

A grandeza de Portugal existe mas não por obra e graça de Cavaco, não pela sua governação de subversão tacanha e reacionária aos objetivos de Abril de 1974. A grandeza de Portugal existe graças aos homens que contra ele e seus pares lutaram e conseguiram a liberdade, a democracia, as eleições de que ele e o seu gangue e outros saíram beneficiários.

Mas Portugal podia ser muito maior, mais justo, mais democrático… se Cavaco e os Cavacos titubeantes, cobardes e tacanhos não tivessem almejado e conseguido os poderes a que se alaparam, mentindo para serem eleitos -  subvertendo a democracia.

Existe sobretudo um Portugal de Vergonha. Um Portugal injusto por via de medidas também aprovadas por Cavaco. A fome imposta, a miséria imposta, a injustiça imposta, a exploração imposta e tudo o mais contrário ao espírito de Abril têm sido aprovados por Cavaco na maior parte dos diplomas propostos pelo seu governo Passos-PSD. Afinal Cavaco é fiel a si próprio, como o foi durante dez anos em primeiro-ministro, seguindo a sua linha política beneficiária de “os pobres cada vez mais pobres, os ricos cada vez mais ricos”. Foi essa sempre a sua prática enquanto governante. É essa a sua prática ao aprovar as medidas de vergonha imposta pelo seu correligionário Passos, agora em presidente da República.

Por si só ele representa a vergonha de Portugal, não a grandeza. Cavaco, um político desdenhoso, contrário ao espírito de Abril, grande na falsidade política e atuante que nos têm feito regressar ao passado salazarento derrubado em 25 de Abril de 1974 e que hoje devíamos comemorar com alegria, grandeza, justiça, democracia… Sem falsidades. Sem Cavacos, homem do antigamente a fazer de conta que comemora o Abril do povo e dos jovens militares e civis que do povo eram, que do povo são. Esses sim, são grandes como Portugal. Esses são Portugal, não os Cavacos minúsculos e cobardes que têm beneficiado da democracia e justiça conquistadas para as destruir. É o que se vê e sente na atualidade. Obviamente, demita-se. Vade retro!

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