Jornal da Imprensa
A Academia Brasileira de Letras (ABL) está sendo acusada de fazer alterações no texto do acordo ortográfico após a assinatura dos países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) — Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.
A Casa de Machado de Assis teria publicado na quinta edição do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP) normas que não foram acordadas entre os países membros da CPLP. O professor de Língua Portuguesa Ernani Pimentel acusa a ABL de mexer “em vários pontos do acordo sem autorização” e diz que o VOLP “desrespeita e altera o texto original”.
ABL não apareceu em audiência pública
O tema já foi até objeto de audiência pública no Senado, no último dia 4 de abril, depois que as acusações à ABL chegaram ao conhecimento da senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS). Convocada a se explicar, a ABL não enviou representantes à reunião. O gramático e imortal Evanildo Bechara, responsável pela produção da quinta edição do VOLP, foi convidado para participar da discussão, mas não pode comparecer devido a uma viagem para um congresso internacional.
Agora, um grupo de trabalho deve ser criado na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado para acompanhar o assunto. A partir de janeiro de 2013 as novas regras da Língua Portuguesa previstas no acordo ortográfico passarão a ser obrigatórias nos livros didáticos, vestibulares e concursos públicos. De acordo com a senadora Ana Amélia, entretanto, o pedido de anulação do acordo não está descartado.
Fonte: Veja
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